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Revista intima é uma prática comum em ambientes como presídios, aeroportos e estabelecimentos que exigem altos níveis de segurança. No entanto, ela gera dúvidas e controvérsias, especialmente sobre seus limites e sobre o que é ou não permitido segundo a lei. Este artigo esclarece o que configura uma revista íntima, o que diz a legislação brasileira e as orientações do STF, além de discutir o impacto dessa prática nos direitos humanos.

 O Que é Considerado Revista intima?

A revista íntima refere-se a uma inspeção minuciosa do corpo e vestimentas de uma pessoa para verificar a presença de itens proibidos ou ilícitos. Essa prática pode incluir procedimentos invasivos, como a inspeção de roupas e objetos pessoais, podendo, em alguns casos, atingir o direito à privacidade e à dignidade da pessoa.

  Revista intima: Quais  Procedimentos Padrão e Limites

A legislação brasileira determina que a revista íntima deve ser realizada apenas em casos essenciais e de forma não abusiva. O Código Penal e normas de direitos humanos estabelecem que a prática deve respeitar a dignidade do indivíduo e não deve ser conduzida de maneira vexatória ou humilhante.

O Que é Revista Intima nos Presídios?

A revista íntima nos presídios é aplicada tanto em visitantes quanto em detentos para evitar a entrada de armas, drogas e outros itens proibidos. Em geral, os visitantes passam por procedimentos rigorosos antes de entrar no estabelecimento prisional.

Quais as  Alternativas para a Revista Íntima nos Presídios

Nos últimos anos, o uso de tecnologias como scanners corporais e detectores de metais foi incentivado pelo STF e outras organizações, como forma de evitar revistas íntimas invasivas. Essa medida busca preservar a dignidade dos visitantes e garantir a segurança dos presídios sem comprometer direitos humanos.

 Revista intima: Quando ela é  Vexatória?

A revista íntima vexatória é caracterizada por procedimentos excessivamente invasivos, que expõem o indivíduo a constrangimentos e humilhações. Esse tipo de revista é proibido por lei e pode ser configurado como violação dos direitos humanos.

📄 5 Fatos sobre o que é Considerado Revista Íntima

  1. Inspeção invasiva do corpo: envolve a retirada de roupas, exame visual de partes íntimas e, em alguns casos, toques físicos no corpo da pessoa;
  2. Busca por objetos ilícitos: tem como objetivo detectar armas, drogas ou itens proibidos, especialmente em ambientes como presídios e aeroportos;
  3. Exige justificativa legal: só pode ser realizada em situações excepcionais, quando não houver alternativas menos invasivas, como scanners corporais;
  4. É proibida em ambientes de trabalho: a Lei nº 13.271/2016 veda a revista íntima de funcionárias e clientes do sexo feminino em empresas e órgãos públicos;
  5. Pode ser considerada vexatória: quando expõe a pessoa a constrangimento, humilhação ou violação da dignidade, sendo passível de responsabilização judicial.

📑 Diferenças entre Revista Íntima e Revista Pessoal

Tipo de RevistaDescriçãoLegalidade
Revista ÍntimaExposição do corpo, retirada de roupas ou toques físicosProibida em ambientes de trabalho; permitida apenas em casos excepcionais com respaldo legal
Revista PessoalInspeção de bolsas, mochilas e objetos pessoais sem contato físicoPermitida com razoabilidade e sem constrangimento

❓ Perguntas Frequentes (FAQ)

Revista íntima é legal?
Apenas em situações excepcionais e com respaldo legal. Em ambientes de trabalho, é proibida por lei.
É permitido exigir que a pessoa se despe?
Não, salvo em contextos específicos como presídios e com justificativa legal. Fora disso, é considerado abuso.
O que fazer em caso de revista vexatória?
Registrar boletim de ocorrência, reunir provas e procurar um advogado para responsabilizar os envolvidos.
Existem alternativas à revista íntima?
Sim. Scanners corporais, detectores de metais e inspeções visuais não invasivas são alternativas recomendadas.

Exemplo de Revista Vexatória

Exemplos incluem a exigência de que uma pessoa se desvista completamente ou realize movimentos específicos para permitir inspeções corporais. Esse tipo de conduta é ilegal e pode ser questionado judicialmente, especialmente se houver registros de abuso ou tratamento desrespeitoso.

Como é Feita a Revista para Entrar no Presídio?

A revista para entrar em presídios geralmente inclui o uso de detectores de metais, inspeção de objetos e, em alguns casos, a revista manual. A presença de scanners corporais tem sido defendida como alternativa para evitar a necessidade de uma revista invasiva.

Procedimento Padrão para Visitantes

Visitantes devem submeter-se a inspeções de bolsas e objetos pessoais, além de passar por detectores de metal. No entanto, o procedimento deve sempre garantir a integridade física e psicológica da pessoa, sem expô-la a situações vexatórias.

O Impacto das Revistas intimas nos Direitos Humanos

As revistas íntimas têm um impacto significativo nos direitos humanos, especialmente quando realizadas de forma abusiva. A prática inadequada da revista íntima fere o direito à privacidade, à dignidade e pode causar traumas psicológicos nos indivíduos, afetando a imagem das instituições que realizam esse tipo de procedimento.

 Posição de Organizações de Direitos Humanos

Organizações nacionais e internacionais criticam revistas íntimas abusivas, defendendo o uso de tecnologias menos invasivas. No Brasil, medidas alternativas e a fiscalização dos métodos de revista são temas de debate constante, visando proteger os direitos dos cidadãos.

Jurisprudência do STF e as Orientações Legais

O Supremo Tribunal Federal (STF) já se posicionou diversas vezes sobre a revista íntima, determinando que ela não deve ser realizada de maneira humilhante ou degradante. Jurisprudências recentes reforçam a importância do uso de métodos menos invasivos sempre que possível.

Decisões Importantes do STF

O STF orienta que, sempre que possível, sejam utilizados recursos tecnológicos, como scanners e detectores de metais, ao invés de revistas manuais. Essa decisão visa resguardar os direitos individuais, ao mesmo tempo que mantém a segurança necessária em ambientes de controle rigoroso.

 Revista intima e a Realidade Prática

Na prática, a revista íntima ainda é um procedimento comum em muitos locais, mas há uma crescente conscientização sobre a necessidade de mudança e adequação. Em ambientes de segurança máxima, como presídios e aeroportos, a aplicação da revista íntima ainda é frequente, mas o uso de tecnologias vem modificando essa realidade.

Desafios da Implementação

A transição para métodos menos invasivos enfrenta desafios financeiros e logísticos, especialmente em locais com restrições orçamentárias. Porém, iniciativas para garantir o respeito aos direitos dos cidadãos vêm ganhando apoio e tornando a revista íntima uma prática cada vez mais monitorada.

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Referências externas:


📞 Foi submetido(a) a uma revista íntima abusiva? Fale com um advogado criminalista para garantir seus direitos e buscar reparação por eventuais abusos ou constrangimentos ilegais.

A revista íntima é um procedimento que gera controvérsias, principalmente quando realizada de forma invasiva. Embora sua prática possa ser necessária em ambientes de alta segurança, ela deve sempre respeitar a dignidade e os direitos dos indivíduos. Com a orientação do STF e o avanço de tecnologias, a tendência é que a revista íntima seja substituída por métodos menos invasivos, preservando os direitos humanos.

Tem dúvidas sobre seus direitos em casos de revista íntima? Entre em contato com os advogados da Reis Advocacia para receber orientações sobre a proteção dos seus direitos.

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DR JORGE GUIMARAES NOVO

Sócio e Advogado – OAB/PE 41.203

Advogado criminalista, militar e em processo administrativo disciplinar, especializado em Direito Penal Militar e Disciplinar Militar, com mais de uma década de atuação.

Graduado em Direito pela FDR-UFPE (2015), pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil (ESA-OAB/PE) e em Tribunal do Júri e Execução Penal. Professor de Direito Penal Militar no CFOA (2017) e autor do artigo "Crise na Separação dos Três Poderes", publicado na Revista Acadêmica da FDR (2015).

Atuou em mais de 956 processos, sendo 293 processos administrativos disciplinares, com 95% de absolvições. Especialista em sessões do Tribunal do Júri, com mais de 10 sustentações orais e 100% de aproveitamento.

Atualmente, também é autor de artigos jurídicos no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito Criminal, Militar e Processo Administrativo Disciplinar, com foco em auxiliar militares e servidores públicos na defesa de seus direitos.

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