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Ex-namorado agride mulher no programa Casos de Família

Violência ao vivo no SBT: homem agride ex-namorada no Casos de Família. Entenda as implicações legais e como agir diante desses casos.

Casos de família
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Agressão no palco: o caso que chocou o Brasil no Casos de Família

Era para ser apenas mais uma tarde de gravação do programa Casos de Família, exibido pelo SBT. Mas o que se viu naquele estúdio no dia 20 de agosto de 2025 foi uma cena de agressão que ultrapassou todos os limites do aceitável na televisão brasileira.

Durante a gravação do episódio que abordava o tema do “comportamento obsessivo de ex-companheiros”, Gabriel, um dos convidados, não aceitou as críticas feitas por sua ex-namorada, Jasmin, e partiu para a agressão. A situação saiu do controle ao vivo, e o agressor acabou empurrando Jasmin ao tentar atingir outro participante, Lucas, que defendia a jovem.

A apresentadora Christina Rocha, ao perceber a gravidade da situação, agiu com veemência e ordenou a retirada de Gabriel do palco. “Aqui, a gente não tolera esse tipo de comportamento. Pode sair!”, declarou ela, visivelmente indignada. A reação da plateia foi imediata: vaias e gritos em apoio à vítima tomaram conta do estúdio.

Esse episódio do Casos de Família gerou enorme repercussão nacional. A cena foi rapidamente compartilhada nas redes sociais, acumulando milhões de visualizações em poucas horas. Influenciadores, advogados e ativistas pelos direitos das mulheres se pronunciaram, exigindo punição exemplar.

Mais do que um espetáculo vergonhoso, a cena trouxe à tona uma pauta urgente: a banalização da violência doméstica e o papel da mídia em proteger ou expor suas vítimas. Afinal, até que ponto um programa de TV pode incentivar ou reprimir comportamentos abusivos?

Tiago EC

Violência em rede nacional: o que diz a lei sobre o caso Casos de Família

O caso ocorrido no Casos de Família não se trata apenas de uma polêmica televisiva. Estamos falando de um claro episódio de violência de gênero, que, se confirmado judicialmente, configura crime de agressão conforme a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).

Veja os principais fundamentos jurídicos aplicáveis ao episódio:

  1. Lei Maria da Penha – Essa lei protege mulheres em situação de violência doméstica e familiar. A conduta de Gabriel pode ser tipificada como violência física e psicológica.
  2. Código Penal Brasileiro – A agressão pode configurar os crimes de lesão corporal (art. 129) e ameaça (art. 147).
  3. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana – Violado ao permitir que uma mulher fosse exposta à violência em um ambiente público e televisionado.
  4. Estatuto da Vítima – Ainda em processo de consolidação legislativa, mas com aplicação doutrinária crescente, reforça o papel de amparo jurídico e emocional às vítimas de crimes.

Especialistas jurídicos apontam que o programa Casos de Família, ainda que não seja responsável direto pela agressão, pode ser investigado por eventual negligência, caso tenha havido omissão em garantir a segurança dos convidados.

A jurisprudência brasileira tem se mostrado cada vez mais rigorosa em casos de violência de gênero. Em decisões recentes, tribunais têm reconhecido a responsabilidade civil de emissoras que, ao não garantirem segurança, colocaram participantes em risco.

Jasmin, enquanto vítima, tem à sua disposição:

  • Medidas protetivas de urgência;
  • Indenização por danos morais e materiais;
  • Direito à assistência psicológica e jurídica gratuita por meio da Defensoria Pública.

Direito das vítimas: como proceder em casos como o do Casos de Família

O caso do Casos de Família não é isolado. Milhares de mulheres brasileiras enfrentam diariamente situações de violência semelhantes. Mas é fundamental saber que existem caminhos legais e seguros para buscar justiça e proteção.

O que uma vítima de agressão pode fazer?

  1. Registrar um boletim de ocorrência – Pode ser feito presencialmente em uma delegacia ou virtualmente, dependendo do estado.
  2. Solicitar medidas protetivas – Garantidas pela Lei Maria da Penha, como afastamento do agressor, proibição de contato e acompanhamento policial.
  3. Buscar apoio psicológico e jurídico gratuito – Serviços como o Centro de Referência da Mulher e a Defensoria Pública estão disponíveis em todo o Brasil.
  4. Reunir provas – Vídeos, mensagens e testemunhas fortalecem a denúncia e aumentam as chances de punição ao agressor.
  5. Contar com o apoio de um advogado especializado – A orientação jurídica correta pode fazer toda a diferença no andamento do processo.

Como podemos ajudar?

No escritório Reis Advocacia, atuamos com sensibilidade e profundidade em casos de violência doméstica, exposição indevida e indenizações por dano moral. Acompanhamos as vítimas desde o primeiro atendimento até a sentença, oferecendo suporte completo.

Nossa atuação é voltada não apenas para garantir a reparação judicial, mas também para empoderar emocionalmente a vítima, reconstruindo sua autoestima e sua confiança na Justiça.

Casos de Família e a banalização da violência

O episódio de violência ocorrido no programa Casos de Família é um triste reflexo de uma realidade que, infelizmente, ainda faz parte da vida de muitas mulheres. A agressão pública, o constrangimento e a exposição da vítima reforçam a necessidade urgente de políticas públicas eficazes, educação emocional e justiça célere.

Como advogado e comentarista jurídico, afirmo com convicção: esse não é apenas um caso de televisão. Trata-se de uma violação aos direitos fundamentais da mulher, um ato que fere a dignidade humana e que deve ser combatido com todo o rigor da lei.

A vítima pode — e deve — buscar reparação. O agressor deve responder pelos seus atos. E a sociedade precisa refletir sobre os limites éticos da exposição midiática. Cabe recurso? Sim, caso a decisão judicial inicial não contemple os direitos da vítima em sua plenitude. E os próximos passos são claros: representação criminal, medida protetiva e pedido de indenização.

Esse episódio ensina que a Justiça precisa estar mais próxima das pessoas. Que vítimas devem ser ouvidas. E que agressores não terão mais palco para se esconder.

Como a Reis Advocacia pode te ajudar

O escritório Reis Advocacia é referência em casos de Direito Penal, Direito das Mulheres e Responsabilidade Civil. Atuamos com ética, empatia e firmeza na defesa de vítimas de violência, seja no ambiente doméstico, profissional ou midiático.

Através do nosso site oficial, você encontra artigos educativos, vídeos explicativos e atendimento jurídico com profissionais altamente qualificados. Estamos aqui para ouvir sua história, entender seu caso e lutar pelos seus direitos com toda a força que a lei permite.

Entre em contato agora mesmo e fale com um de nossos advogados especializados. Sua segurança e dignidade são prioridade.

Tiago CA

Perguntas Frequentes sobre o tema

  1. O que pode acontecer com o agressor do programa Casos de Família?
    O agressor pode responder criminalmente por lesão corporal e ser processado por danos morais. Medidas protetivas também podem ser impostas.
  2. O programa Casos de Família pode ser responsabilizado judicialmente?
    Sim, se for comprovada omissão ou falta de segurança adequada aos participantes, pode haver responsabilidade civil da emissora.
  3. Como as vítimas de agressão, como no programa casos de família, podem buscar ajuda jurídica gratuita?
    Procurando a Defensoria Pública ou Centros de Referência da Mulher, que oferecem apoio jurídico e psicológico.
  4. A exibição do programa pode ser usada como prova em um processo judicial?
    Sim. O vídeo da agressão pode ser anexado ao processo como prova de lesão corporal e violência psicológica.
  5. Como agir ao presenciar uma agressão como a do Casos de Família?
    O ideal é não intervir diretamente, mas chamar a polícia, registrar o ocorrido e oferecer apoio à vítima.

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    Aborda o papel das medidas protetivas, previstas na Lei Maria da Penha e na Constituição, como ferramentas de proteção às vítimas.

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Dr tiago Reis

Dr. Tiago O. Reis, OAB/PE 34.925, OAB/SP 532.058, OAB/RN 22.557

Advogado há mais de 12 anos e sócio-fundador da Reis Advocacia. Pós-graduado em Direito Constitucional (2013) e Direito Processual (2017), com MBA em Gestão Empresarial e Financeira (2022). Ex-servidor público, fez a escolha consciente de deixar a carreira estatal para se dedicar integralmente à advocacia.

Com ampla experiência prática jurídica, atuou diretamente em mais de 5.242 processos, consolidando expertise em diversas áreas do Direito e oferecendo soluções jurídicas eficazes e personalizadas.

Atualmente, também atua como Autor de Artigos e Editor-Chefe no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados, orientações práticas e informações confiáveis para auxiliar quem busca justiça e segurança na defesa de seus direitos.

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