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Ação Penal Privada: Manual Completo 2025

Ação Penal Privada: entenda como funciona, suas diferenças da ação pública, prazos, características e como instaurar um processo criminal em 2025.

ação penal privada

 

Ação penal privada é um tipo de processo criminal em que a iniciativa de mover a ação na Justiça não cabe ao Ministério Público, mas sim à vítima ou a seu representante legal. Isso significa que, diferentemente da ação penal pública, a vítima tem o direito e a responsabilidade de ingressar com a queixa-crime e conduzir a ação até seu desfecho.

Esse modelo é utilizado em crimes de menor gravidade, nos quais o Estado entende que a intervenção direta da vítima é mais adequada. Exemplos comuns incluem os crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação), violação de domicílio e alguns casos de apropriação indébita.

Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como funciona a ação penal privada, seus fundamentos legais, prazos, exemplos práticos e o papel do advogado nesse processo. Se você quer entender seus direitos e saber como atuar em casos desse tipo, continue a leitura.

 Ação Penal Privada: O que é?

A ação penal privada é um tipo de processo criminal em que a iniciativa para buscar a responsabilização do autor do crime cabe exclusivamente à vítima ou ao seu representante legal. Isso significa que, diferente da ação penal pública, o Ministério Público não tem competência para propor a denúncia nesses casos, cabendo à parte interessada ingressar com a queixa-crime.

A ação penal privada está prevista no Código de Processo Penal (CPP), especialmente nos artigos 100 do Código Penal e 30 do CPP, sendo utilizada para delitos considerados de menor gravidade, nos quais se entende que a intervenção do Estado não é essencial para a persecução penal.

Quais os Princípios da Ação Penal Privada

A ação penal privada segue alguns princípios fundamentais, que garantem sua aplicação correta e eficiente no sistema penal:

  1. Princípio da Oportunidade: A vítima tem o direito de decidir se deseja ou não ingressar com a queixa-crime.
  2. Princípio da Disponibilidade: A parte que move a ação pode desistir do processo a qualquer momento.
  3. Princípio da Indivisibilidade: Todos os envolvidos no crime devem ser incluídos na queixa, não podendo a vítima processar apenas um dos acusados e excluir os demais.
  4. Princípio da Intranscendência: Somente o autor do crime pode ser processado, não atingindo terceiros.

Diferenças entre Ação Penal Pública e Ação Penal Privada

Característica Ação Penal Pública Ação Penal Privada
Iniciativa Ministério Público Vítima ou representante
Interesse Proteção da sociedade Interesse pessoal da vítima
Exemplos de crimes Homicídio, estelionato, roubo Calúnia, injúria, difamação
Possibilidade de desistência Não pode desistir Pode desistir

As Principais Características da Ação Penal Privada

  • Iniciativa exclusiva da vítima.
  • Pode ser ajuizada até seis meses após a data do conhecimento da autoria do crime.
  • Deve ser proposta contra todos os autores do delito.
  • Possibilidade de perdoar o réu e extinguir o processo.

Prazo da Ação Penal Privada

O prazo para a vítima oferecer queixa-crime é de seis meses, contados a partir do momento em que soube quem foi o autor do crime. Após esse prazo, ocorre a decadência, impedindo o ajuizamento da ação.

Penal Privada Personalíssima: o que é?

A ação penal privada personalíssima ocorre quando a titularidade do direito de queixa pertence exclusivamente à vítima, não podendo ser exercida por seus herdeiros ou representantes legais. Um exemplo clássico é o crime de induzimento a erro essencial em casamento (art. 236 do Código Penal).

Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: O que significa?

A ação penal privada subsidiária da pública ocorre quando o Ministério Público não propõe a denúncia dentro do prazo legal. Nesse caso, a vítima pode ingressar com a queixa-crime. Essa possibilidade está prevista no artigo 29 do Código de Processo Penal.

Exemplos de Crimes de Ação Penal Privada
  • Calúnia (art. 138 do CP)
  • Difamação (art. 139 do CP)
  • Injúria (art. 140 do CP)
  • Fraude em competição esportiva (art. 41-B do Estatuto do Torcedor)
Como Instaurar uma Ação Penal Privada
  1. Contratar um advogado especializado: O primeiro passo é contar com um advogado experiente em direito penal.
  2. Reunir provas: É essencial juntar documentos, testemunhos e evidências que comprovem o crime.
  3. Elaborar a queixa-crime: O advogado redige a petição inicial e protocola no Juizado Especial Criminal.
  4. Acompanhar o processo: O autor da queixa deve estar atento aos prazos e audiências.

A ação penal privada é um instrumento importante para garantir a responsabilização em crimes de menor gravidade, dando à vítima a oportunidade de buscar justiça por meios legais. Contudo, sua instauração requer conhecimento jurídico especializado, por isso, contar com um advogado qualificado é essencial.

Se você precisa de orientação sobre uma ação penal privada, entre em contato com a Reis Advocacia. Nossa equipe está preparada para oferecer assessoria jurídica completa e auxiliar na defesa dos seus direitos.

 

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