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O que fazer após uma medida protetiva indevida?

Sofreu uma medida protetiva indevida? Entenda o que é uma medida protetiva, como funciona, e o que fazer para reverter essa situação com a ajuda de um advogado.

Medida protetiva indevida
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Medida protetiva é um importante mecanismo legal para garantir a segurança de vítimas de violência doméstica e familiar. No entanto, em alguns casos, ela pode ser aplicada de forma indevida, prejudicando injustamente os direitos do acusado. Quando isso acontece, é essencial saber como agir para reverter essa situação. Neste artigo, vamos explicar o que é uma medida protetiva, como ela funciona e o que fazer após ser afetado por uma medida protetiva indevida.

Entender como funciona o processo de revisão e reversão de uma medida protetiva é crucial para quem se vê prejudicado por uma decisão judicial equivocada. A atuação de um advogado especializado pode ser determinante para garantir que seus direitos sejam protegidos e que a decisão seja revista de forma justa.

Ao longo deste artigo, abordaremos os passos legais para contestar uma medida protetiva indevida e como um advogado pode ajudar nesse processo. Acompanhe para entender suas opções e como agir de maneira eficiente para garantir que a justiça seja feita.

O que é medida protetiva?

A medida protetiva é uma providência judicial estabelecida pela Lei Maria da Penha, com o objetivo de proteger vítimas de violência doméstica e familiar. Ela pode ser solicitada pela vítima ou pelo Ministério Público, com base na necessidade de garantir a segurança imediata da pessoa ameaçada. As medidas protetivas são concedidas de forma emergencial e visam afastar o agressor do ambiente da vítima para prevenir novos atos de violência.

Entre as principais medidas protetivas estão o afastamento do agressor do lar, a proibição de contato com a vítima, a restrição de aproximação e até a suspensão do porte de armas do agressor. As medidas podem ser variadas e adaptadas à situação específica do caso, sendo sempre direcionadas à proteção da vítima e à minimização do risco de novos atos de agressão.

Essas medidas, no entanto, devem ser aplicadas com cuidado, baseadas em provas adequadas e após a devida análise do juiz responsável. Quando não há fundamento suficiente para a sua concessão, a aplicação de medidas protetivas pode ser considerada indevida.

Quais são as regras de medida protetiva?

As regras para a aplicação de uma medida protetiva são definidas pela Lei Maria da Penha e estabelecem princípios importantes para garantir que a medida seja utilizada de forma justa e eficaz. Algumas das regras essenciais incluem:

  • Urgência na concessão: A medida protetiva deve ser concedida de forma rápida, especialmente quando a vítima está em situação de risco imediato. O juiz pode decidir sem ouvir o agressor, caso haja necessidade de uma resposta imediata.

  • Proporcionalidade e adequação: As medidas aplicadas devem ser proporcionais à gravidade da violência e adequadas à situação específica de cada caso. Ou seja, as restrições impostas ao agressor devem ser compatíveis com a ameaça que a vítima está enfrentando.

  • Prazo de validade: A medida protetiva tem um prazo determinado, mas pode ser prorrogada caso o juiz entenda que a situação de risco ainda persiste. O juiz revisa o caso e decide se a medida deve continuar ou se deve ser revogada.

  • Direitos do acusado: Embora a medida protetiva tenha como objetivo a proteção da vítima, o acusado tem o direito de se defender. Ele pode contestar a decisão e, se necessário, recorrer judicialmente para reverter a medida.

Essas regras garantem que a medida protetiva seja aplicada de forma justa e eficaz, respeitando os direitos da vítima, mas também os direitos do acusado, caso a medida tenha sido indevida.

Como funciona a medida protetiva?

A medida protetiva é uma ação judicial que pode ser solicitada por vítimas de violência doméstica para garantir a sua segurança. Ela é concedida de forma emergencial, com a rapidez necessária para proteger a vítima contra o risco imediato de novos atos violentos. O juiz pode determinar a medida após a análise de um pedido feito pela vítima ou pelo Ministério Público.

O processo para a concessão de uma medida protetiva envolve a solicitação formal por parte da vítima ou de seu representante legal, seguida de uma avaliação judicial. Caso o juiz considere que há risco iminente à integridade física ou psicológica da vítima, ele pode conceder a medida sem a necessidade de ouvir o agressor previamente. Isso ocorre principalmente quando a urgência da situação exige uma resposta rápida.

Após a concessão da medida, o agressor é notificado e deve cumprir as restrições impostas, que podem incluir o afastamento do lar, a proibição de contato com a vítima, entre outras. A medida tem um caráter provisório, sendo válida até que o caso seja resolvido ou até que o juiz decida revogar a medida, se as circunstâncias mudarem.

É possível reverter uma medida protetiva?

Sim, é possível reverter uma medida protetiva, especialmente quando ela é concedida de forma indevida ou sem a devida fundamentação. Caso o acusado se sinta prejudicado por uma medida protetiva que foi aplicada de forma injusta, ele pode recorrer da decisão judicial.

A reversão de uma medida protetiva indevida pode ser solicitada por meio de um pedido de reconsideração ao juiz responsável. O advogado do acusado pode apresentar argumentos e provas que mostrem que a medida foi excessiva ou sem justificativa adequada. Se o juiz de primeira instância não acolher o pedido, é possível interpor um recurso ao Tribunal de Justiça para que a decisão seja revista por um colegiado de juízes.

Em alguns casos, a medida pode ser revogada, especialmente se o juiz entender que o risco à vítima foi superado ou que não havia risco suficiente para justificar a restrição imposta ao acusado. A atuação de um advogado especializado é fundamental nesse processo, pois ele pode ajudar a reunir as provas necessárias e a argumentar de forma eficaz para reverter a medida.

O que fazer após uma medida protetiva indevida?

Após ser atingido por uma medida protetiva indevida, o primeiro passo é buscar orientação jurídica imediata. Um advogado especializado em direito familiar ou penal pode ajudar a entender os passos a serem tomados para reverter a medida e restaurar os direitos do acusado.

O advogado deve analisar o caso de forma minuciosa, verificando as evidências que foram apresentadas na decisão judicial e buscando falhas ou pontos que possam ser contestados. Com base nisso, o advogado pode entrar com um pedido de revogação da medida ao juiz, explicando por que a aplicação da medida foi indevida.

Se a revogação não for concedida na instância inicial, o advogado pode interpor um recurso ao Tribunal de Justiça, para que a decisão seja revisada por outro colegiado de juízes. Durante esse processo, é importante que o acusado forneça todas as provas que possam desmentir as alegações da vítima ou demonstrar que as restrições impostas são desnecessárias.

Como um advogado atua em casos de medida protetiva indevida?

O advogado especializado é um aliado fundamental para reverter uma medida protetiva indevida. Sua atuação começa com a análise da decisão judicial, para identificar possíveis falhas ou ausência de fundamentos na concessão da medida. Em seguida, o advogado prepara a defesa, que pode incluir a apresentação de novos documentos e provas que mostrem que a medida não é mais necessária ou foi aplicada de forma equivocada.

Além disso, o advogado pode entrar com recursos caso o juiz de primeira instância não aceite o pedido de revogação da medida, levando o caso ao Tribunal de Justiça. O advogado também auxilia na preparação de testemunhas e na reunião de evidências que possam reforçar a defesa do acusado.

Por fim, o advogado acompanha todo o processo judicial, garantindo que o acusado tenha seus direitos respeitados e que o caso seja resolvido de forma justa e eficaz. A presença de um advogado especializado garante que o acusado tenha uma defesa sólida, aumentando as chances de reverter a medida protetiva indevida.

A medida protetiva é uma ferramenta importante para garantir a segurança da vítima de violência doméstica, mas sua aplicação indevida pode prejudicar os direitos do acusado. Quando isso acontece, é fundamental que a pessoa afetada busque orientação jurídica e atue rapidamente para reverter a situação. A atuação de um advogado especializado é essencial para garantir que a medida protetiva seja revista e que os direitos do acusado sejam restaurados.

Na Reis Advocacia, nossos advogados especializados em direito familiar estão prontos para ajudar aqueles que enfrentam uma medida protetiva indevida. Se você está passando por essa situação, entre em contato conosco e saiba como podemos ajudá-lo a reverter a medida e garantir seus direitos.

Se você foi afetado por uma medida protetiva indevida ou precisa de ajuda para reverter uma decisão judicial, entre em contato com nossos advogados especializados. Estamos aqui para garantir a proteção de seus direitos e ajudar a resolver a sua situação!

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DR JORGE GUIMARAES NOVO

Sócio e Advogado – OAB/PE 41.203

Advogado criminalista, militar e em processo administrativo disciplinar, especializado em Direito Penal Militar e Disciplinar Militar, com mais de uma década de atuação.

Graduado em Direito pela FDR-UFPE (2015), pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil (ESA-OAB/PE) e em Tribunal do Júri e Execução Penal. Professor de Direito Penal Militar no CFOA (2017) e autor do artigo "Crise na Separação dos Três Poderes", publicado na Revista Acadêmica da FDR (2015).

Atuou em mais de 956 processos, sendo 293 processos administrativos disciplinares, com 95% de absolvições. Especialista em sessões do Tribunal do Júri, com mais de 10 sustentações orais e 100% de aproveitamento.

Atualmente, também é autor de artigos jurídicos no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito Criminal, Militar e Processo Administrativo Disciplinar, com foco em auxiliar militares e servidores públicos na defesa de seus direitos.

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