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Janeiro: Porque é considerado o Mês do Divórcio?

Saiba por que janeiro é chamado "mês do divórcio" e entenda os tipos de separação no Brasil.

Janeiro: Entenda por que é conhecido como o “Mês do Divórcio”

O início de um novo ano é frequentemente marcado por recomeços e reflexões sobre diversos aspectos da vida, incluindo relacionamentos. Janeiro, apelidado de “mês do divórcio”, registra anualmente um aumento significativo no número de separações, um fenômeno observado no Brasil e em vários outros países.

Mas o que faz deste mês um período propício para tantas decisões de rompimento conjugal? Neste artigo, vamos explorar os motivos por trás dessa tendência, os tipos de divórcio disponíveis no Brasil e as etapas necessárias para formalizar a separação.

Por que janeiro é o “mês do divórcio”?

Janeiro é um mês de transição, simbolizando o encerramento de ciclos e o início de novos caminhos. Para muitos casais, é o momento de reavaliar a relação e decidir se é possível continuar ou se é melhor seguir em frente de forma independente.

Principais fatores que impulsionam os divórcios em janeiro:

  1. Estresse das festas de fim de ano:
    • A convivência intensa durante o Natal e o Ano Novo pode amplificar conflitos em relações já desgastadas.
    • Reuniões familiares e pressão para criar um “clima perfeito” muitas vezes exacerbam tensões emocionais e financeiras.
  2. Reflexões de Ano Novo:
    • A virada do ano é vista como uma oportunidade de mudar hábitos e situações insatisfatórias, incluindo relacionamentos.
    • Muitas pessoas traçam metas de bem-estar e felicidade, optando por deixar para trás relações que não agregam positivamente.
  3. Questões financeiras:
    • O impacto econômico das festas de fim de ano pode aumentar o estresse em casamentos que já enfrentam dificuldades financeiras.
    • Esse fator é uma das causas recorrentes de conflitos conjugais, muitas vezes culminando em separações.
  4. Símbolo de recomeço:
    • O início de um novo calendário incentiva decisões difíceis, mas necessárias, como a formalização de uma separação.

O “Dia do Divórcio”

Além de janeiro ser o “mês do divórcio”, há ainda um dia específico que se destaca. Conhecido como “Dia do Divórcio”, a primeira segunda-feira útil de janeiro registra um pico de consultas a advogados e pedidos de separação.

Em 2025, esse dia foi 6 de janeiro, refletindo o comportamento de muitos casais que aguardam o fim das festividades para evitar conflitos durante o período de celebrações familiares.

O papel das mulheres no “mês do divórcio”

De acordo com dados do IBGE, as mulheres representam 63% dos pedidos de divórcio no Brasil. Esse número é explicado por fatores como:

  • Carga emocional durante as festividades:
    Mulheres frequentemente assumem a responsabilidade de organizar eventos familiares, o que pode intensificar o desgaste emocional em relações problemáticas.
  • Busca por bem-estar emocional:
    Após as festas, muitas mulheres optam por priorizar sua saúde mental e felicidade, aproveitando o simbolismo do Ano Novo para iniciar um novo ciclo.
Quais são os tipos de divórcio no Brasil?

No Brasil, o divórcio pode ser realizado de três formas principais, dependendo do nível de consenso entre as partes e da existência de filhos menores ou incapazes.

1. Divórcio Extrajudicial:

  • Realizado em cartório, sem necessidade de ação judicial.
  • Requisitos:
    • Consenso entre as partes.
    • Ausência de filhos menores ou incapazes (ou acordo homologado para filhos menores, conforme a Resolução CNJ 571/2024).
  • Vantagens:
    • Rápido, menos burocrático e mais econômico.

2. Divórcio Judicial Consensual:

  • Feito no Judiciário, mas com acordo entre as partes.
  • Indicado em casos com filhos menores ou incapazes.
  • Vantagem:
    • Menor tempo de resolução em comparação ao divórcio litigioso.

3. Divórcio Judicial Litigioso:

  • Necessário quando não há consenso sobre questões como divisão de bens, guarda de filhos ou pensão alimentícia.
  • Decidido por um juiz após análise do caso.
  • Desvantagem:
    • Processo mais demorado, caro e emocionalmente desgastante.
Etapas para o divórcio no Brasil

Seja qual for o tipo de divórcio escolhido, algumas etapas são indispensáveis:

  1. Contratação de advogado:
    • A presença de um advogado é obrigatória, tanto para divórcios judiciais quanto para extrajudiciais.
  2. Reunião de documentos:
    • Certidão de casamento.
    • Documentos pessoais dos cônjuges.
    • Comprovantes de bens adquiridos durante o casamento.
    • Certidão de nascimento dos filhos (se houver).
  3. Escolha do tipo de divórcio:
    • Avaliar se o divórcio será consensual ou litigioso.
  4. Elaboração de acordo ou petição inicial:
    • Em casos consensuais, as partes definem os termos da separação, que são homologados pelo cartório ou juiz.
    • Em divórcios litigiosos, cada parte apresenta suas demandas, e o juiz decide.
Quanto tempo demora para finalizar um divórcio?

O tempo necessário para concluir o divórcio varia conforme o tipo de processo:

  • Divórcio Extrajudicial: Pode ser finalizado em até 24 horas.
  • Divórcio Judicial Consensual: Geralmente, demora entre 1 e 3 meses.
  • Divórcio Judicial Litigioso: Pode levar de 6 meses a mais de 3 anos, dependendo da complexidade do caso.
Principais motivos para o divórcio no Brasil

Os fatores que levam ao divórcio são diversos, mas alguns se destacam como os mais comuns:

  • Infidelidade:
    • É uma das principais causas de rompimentos no país.
  • Falta de comunicação:
    • Conflitos e a ausência de diálogo costumam desgastar relações ao longo do tempo.
  • Questões financeiras:
    • Desacordos sobre finanças frequentemente levam a brigas e separações.
  • Incompatibilidade de objetivos:
    • Diferenças em valores e metas podem se tornar irreconciliáveis.

Janeiro, o “mês do divórcio”, destaca a relevância de momentos de reavaliação na vida pessoal e conjugal. Para muitos, é a oportunidade de encerrar um ciclo e buscar novos caminhos, priorizando bem-estar e felicidade.

Se você está considerando o divórcio ou deseja entender mais sobre o tema, é essencial buscar orientação jurídica especializada. Um processo bem conduzido pode transformar o término de um casamento em um novo começo, com respeito e equilíbrio para ambas as partes.

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