Entenda a operação que investiga influenciadores do jogo do tigrinho
Em 7 de agosto de 2025, uma operação policial abalou as redes sociais e os bastidores da internet no Brasil: a Operação Desfortuna. Em um cenário que mescla ostentação e promessas de riqueza fácil, influenciadores digitais com milhões de seguidores foram alvos de buscas e prisões por suspeita de promover o misterioso Jogo do Tigrinho — uma plataforma de caça-níqueis online proibida no país.
A repercussão do jogo do tigrinho é real e impacta toda a sociedade. Afinal, trata-se de uma investigação que traz à tona os riscos de um segmento ilegal que hoje seduz milhares com ilusões de ganho rápido. O caso aponta para crimes graves — de estelionato e publicidade enganosa a lavagem de dinheiro — e evidencia como personagens digitais, influenciadores, podem estar no centro de verdadeiros esquemas criminogênicos. Este artigo, com profunda análise jurídica e narrativa envolvente, busca esclarecer todos os detalhes para advogar em defesa dos direitos e da transparência.
O esquema bilionário desvendado pela Operação Desfortuna
Na manhã de 7 de agosto de 2025, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC‑LD), deflagrou a Operação Desfortuna em uma ação coordenada com o Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab‑LD) .
Foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em três estados — Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais — contra 15 influenciadores digitais com forte presença nas redes, totalizando cerca de 35 milhões de seguidores.
Entre os principais investigados envolvendo o jogo do tigrinho estão:
- Bia Miranda (mais de 5 milhões de seguidores)
- Maumau – preso em flagrante em São Paulo após agentes encontrarem uma arma em sua residência
- Buarque (quase 3 milhões de seguidores)
- As gêmeas Paulina e Paola de Ataíde
- Tailane Garcia (mais de 4,5 milhões de seguidores)
- Lorrany Rafael, Gato Preto (Samuel Sant’Anna), entre outros.
Eles são suspeitos de promover de forma massiva o “Jogo do Tigrinho”, um cassino online que promete lucros rápidos, usando estratégias de ostentação — como viagens internacionais, veículos de luxo e imóveis — para atrair apostadores.
Relatórios do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) indicam movimentações financeiras suspeitas: cerca de R$ 40 milhões em contas pessoais entre 2022 e 2024. Já a polícia estima que o esquema tenha movimentado R$ 4,5 bilhões como um todo.
Descrito pelos investigadores como uma organização criminosa estruturada, o grupo teria dividido funções entre influenciadores (divulgação), operadores financeiros e empresas de fachada — uma engrenagem usada para lavar dinheiro e ocultar valores ilícitos, com possíveis conexões com o crime organizado.
Contexto Jurídico desse caso – Jogo do Tigrinho
Fundamentos legais e teses aplicáveis:
- Jogo de azar ilegal
O “Jogo do Tigrinho” consiste em caça-níqueis online, modalidade expressamente proibida pela Lei de Contravenções Penais, sendo ilegal no Brasil quando vendido sem regulamentação. - Estelionato e publicidade enganosa
A promessa de ganhos fáceis e lucros garantidos configura publicidade enganosa e pode acarretar responsabilização por estelionato, pela indução deliberada ao erro. - Lavagem de dinheiro e organização criminosa
A movimentação financeira incompatível com renda declarada, empresas fachada e divisão estruturada de tarefas entre participantes indicam crime de lavagem de dinheiro e associação criminosa, previstos no Código Penal. - Crime contra a economia popular
Ao enganar uma massa de seguidores atraídos pelo sonho de riqueza, os envolvidos podem responder por crimes contra a economia popular, previstos no Código Penal. - Quebra de sigilo fiscal e bancário
A investigação teve respaldo judicial para quebra de sigilo fiscal de fintechs envolvidas, o que demonstra a força probatória e legal da operação
Essas teses apontam para responsabilização ampla, desde o ordenamento penal (estelionato, contravenção, lavagem, organização criminosa) até sanções administrativas e bloqueios de bens.
Repercussões Legais e Soluções Jurídicas
Impactos diretos na sociedade
- Vítimas financeiras: Seguidores que depositaram o sonho de mudar de vida nos “caça-níqueis” podem enfrentar prejuízos irrecuperáveis, levando à falência pessoal ou crises emocionais. Há casos de suicídio documentados relacionados à queda nesse jogo .
- Desconfiança nas redes sociais: A reputação dos influenciadores e da comunicação digital sofre forte abalo, gerando um efeito em cadeia sobre anunciantes, marcas e plataformas.
Soluções Jurídicas e o que pode ser feito:
- Ação civil pública em defesa do consumidor, para ressarcimento dos lesados.
- Ação indenizatória individual contra os responsáveis pela publicidade enganosa.
- Denúncia ao MP por estelionato, contravenção, lavagem e associação criminosa.
- Bloqueio e sequestro de bens e valores identificados como produto do crime.
- Acompanhamento das medidas cautelares, como preventivas ou prisões, para clientes ou lesados vulneráveis.
Se você foi vítima ou conhece alguém impactado por esse esquema do jogo do tigrinho, o escritório pode oferecer:
- Avaliação jurídica especializada.
- Apoio na coleta de provas (prints, comprovantes, depoimentos).
- Protocolo de ações de recuperação e indenização.
- Acompanhamento do processo e articulação com o Ministério Público.
Advogado Especialista em Crimes Digitais e Direito Penal
A Operação Desfortuna, deflagrada em 7 de agosto de 2025, expôs o poder real de um mecanismo ilícito: o Jogo do Tigrinho, que seduziu milhões com ilusões de dinheiro fácil. O esquema envolveu influenciadores influentes, estruturas financeiras e beleza enganosa, configurando um verdadeiro crime corporificado.
Como advogado especializado em Crimes Digitais e Direito Penal, ressalta-se a relevância dessa investigação para mostrar que o mundo virtual não é impune — que ilusões podem romper vidas e enfrentar sanções profundas. Os envolvidos podem recorrer; cabem recursos, manifestações e estratégias jurídicas. Ainda assim, os próximos passos dependem da atuação multissetorial: polícia, justiça e sociedade civil.
As lições são claras: atenção ao que se consome online, respaldo legal contra fraudes e presença de profissionais que compreendam o ambiente digital e o impacto humano dessas práticas. Não é só direito — é empatia, proteção e verdade.
Nossa Atuação em casos de Jogo do Tigrinho
Na Advocacia Reis, somos referência em crimes digitais, litígios envolvendo direito penal e defesa do consumidor. Nossos especialistas acompanham investigações, oferecem suporte às vítimas e estruturam defesas sólidas. Nossa credibilidade, histórico de sucesso e reputação construída com confiança nos globaliza como aliados certos.
Se você precisa entender seus direitos, buscar reparação ou orientação jurídica, estamos prontos. Conte conosco para dar voz, justiça e tranquilidade ao que realmente importa: você. Aja agora e fale com nossos especialistas e saiba como podemos ajudar.
Perguntas Frequentes sobre o tema
- O que é o Jogo do Tigrinho e por que está proibido?
É um caça-níquel online, modalidade de jogo de azar ilegal no Brasil, que promete ganhos fáceis, mas está fora das regras nacionais. - Quais crimes os influenciadores podem estar cometendo?
Estão sob suspeita de estelionato, publicidade enganosa, lavagem de dinheiro, organização criminosa e crime contra a economia popular. - Como se proteger se fui enganado por esses jogos?
Guarde provas (mensagens, comprovantes, prints) e procure assistência jurídica especializada para buscar ressarcimento. - Posso mover uma ação civil ou criminal contra os envolvidos?
Sim — tanto a via civil (indenização e reparação) quanto a criminal (notificação ao MP, ações penais) são viáveis. - O escritório pode ajudar com apoio em perícias e acompanhamento de processos?
Sim — oferecemos suporte completo, desde coleta de provas até acompanhamento judicial e defesa de direitos.
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Alerta sobre os prejuízos financeiros causados por esses jogos e como influenciadores potencializam o problema.
Dr. Tiago O. Reis, OAB/PE 34.925, OAB/SP 532.058, OAB/RN 22.557
Advogado há mais de 12 anos e sócio-fundador da Reis Advocacia. Pós-graduado em Direito Constitucional (2013) e Direito Processual (2017), com MBA em Gestão Empresarial e Financeira (2022). Ex-servidor público, fez a escolha consciente de deixar a carreira estatal para se dedicar integralmente à advocacia.
Com ampla experiência prática jurídica, atuou diretamente em mais de 5.242 processos, consolidando expertise em diversas áreas do Direito e oferecendo soluções jurídicas eficazes e personalizadas.
Atualmente, também atua como Autor de Artigos e Editor-Chefe no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados, orientações práticas e informações confiáveis para auxiliar quem busca justiça e segurança na defesa de seus direitos.


