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Em quais casos é possível recorrer após a sentença? (2025)

Descubra quando é possível recorrer após a sentença judicial e como reverter decisões desfavoráveis. Entenda os tipos de recursos, prazos e estratégias.

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Recorrer após a sentença é uma possibilidade jurídica essencial para quem recebeu uma decisão judicial desfavorável e ainda busca justiça. Mas você sabia que existem diferentes tipos de recursos, prazos específicos e estratégias eficazes para mudar o rumo do processo? Neste artigo completo, você vai descobrir:

  • Em quais casos é possível recorrer após a sentença;
  • Qual recurso utilizar para anular uma sentença;
  • Quando é o momento certo de entrar com recurso;
  • Quais os prazos e procedimentos legais;
  • As principais teses jurídicas aplicáveis;
  • Como a atuação de um advogado especialista pode fazer toda a diferença.

Milhares de pessoas todos os anos têm suas causas injustamente encerradas por não conhecerem as possibilidades legais disponíveis. E, muitas vezes, o arrependimento vem tarde demais. Recorrer após a sentença é um direito que pode ser decisivo para proteger seu patrimônio, sua liberdade ou seus direitos pessoais. Continue lendo e entenda como agir nessa etapa crítica do processo.

É possível recorrer após a sentença?

Sim, é possível recorrer após a sentença em diversos casos previstos pela legislação brasileira. A sentença é uma das decisões mais importantes dentro do processo judicial, pois representa o julgamento do mérito da causa. No entanto, ela não é imutável. A parte que se sente prejudicada pode interpor recursos visando reformar, anular ou até mesmo suspender os efeitos da sentença.

O direito de recorrer está fundamentado no princípio do duplo grau de jurisdição, previsto implicitamente no art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal, que assegura o contraditório, ampla defesa e os meios a ela inerentes. Isso significa que ninguém pode ser condenado sem a possibilidade de contestar a decisão.

Recorrer após a sentença, portanto, é um instrumento de justiça e equilíbrio processual. E o melhor: não se trata de um único recurso. Há uma gama de alternativas, desde apelações até embargos, dependendo da fase, do tipo de processo e da natureza da decisão.

Se você foi condenado ou teve seu pedido negado em uma sentença, continue a leitura. Nos próximos tópicos, vamos detalhar os tipos de recursos disponíveis, os prazos legais e como agir de forma estratégica para defender seus direitos.

jorge EC

Qual o recurso para anular uma sentença?

Recorrer após a sentença com o objetivo de anulá-la é possível quando há vícios no processo que comprometeram o direito de defesa, o contraditório ou os princípios processuais. Nestes casos, o recurso adequado será determinado pelo tipo de falha e pela fase em que o processo se encontra.

As principais opções para anular uma sentença são:

  1. Apelação – É o recurso mais comum contra sentença. Serve tanto para reformar quanto para anular uma decisão, desde que haja ilegalidade, omissão, obscuridade ou contradição nos fundamentos.
  2. Embargos de Declaração – Quando a sentença apresenta omissões, contradições ou obscuridades, esse recurso pode ser usado como etapa preliminar para anulação ou esclarecimento da decisão.
  3. Ação Rescisória – Quando já não cabe mais recurso, essa ação pode ser usada para anular uma sentença transitada em julgado, em casos de vício grave, dolo, simulação ou documento novo.
  4. Correição Parcial – Quando o juiz pratica ato teratológico, ou seja, absurdo e ilegal, podendo ser corrigido por tribunais superiores.
  5. Recurso Especial e Extraordinário – Utilizados para corrigir decisões que contrariem lei federal ou a Constituição, respectivamente.

Recorrer após a sentença com o intuito de anular exige habilidade técnica e análise minuciosa do processo. Um erro de estratégia ou de prazo pode inviabilizar o direito ao recurso. Por isso, contar com um advogado especialista é fundamental.

Quando recorrer no processo?

O momento certo de recorrer após a sentença é um dos pontos mais importantes para garantir o sucesso da estratégia jurídica. O Código de Processo Civil estabelece prazos específicos que variam de acordo com o tipo de processo e recurso cabível.

De forma geral, o recurso deve ser interposto após a publicação da sentença no Diário da Justiça, iniciando-se a contagem do prazo legal. Perder esse prazo pode significar o fim da possibilidade de recorrer após a sentença.

Veja os momentos ideais para interpor recurso:

  • Logo após a sentença de primeiro grau;
  • Durante a execução da sentença;
  • Após decisão em segundo grau.

Além disso, é essencial avaliar se houve cerceamento de defesa, violação a princípios constitucionais ou nulidade processual. Esses são elementos que tornam legítima a tentativa de recorrer após a sentença.

Qual é o prazo para recurso após sentença?

Recorrer após a sentença exige atenção absoluta aos prazos legais. O prazo depende do tipo de processo (cível, penal, trabalhista, etc.) e do recurso que será interposto.

Veja os prazos mais comuns:

  • Apelação (Cível) – 15 dias úteis após a intimação da sentença;
  • Embargos de Declaração – 5 dias úteis;
  • Recurso Especial / Extraordinário – 15 dias úteis;
  • Agravo de Instrumento – 15 dias úteis;
  • Revisão Criminal (Penal) – sem prazo fixo.

Esses prazos devem ser rigorosamente seguidos. O não cumprimento impede a parte de recorrer após a sentença, o que pode resultar em graves prejuízos.

É possível reverter uma sentença judicial?

Sim, recorrer após a sentença permite, em muitos casos, a reversão da decisão judicial. A reversão pode ocorrer integralmente (quando todos os pedidos são acolhidos) ou parcialmente (quando apenas parte da sentença é modificada).

A reversão dependerá da fundamentação jurídica, da existência de provas suficientes e da atuação do advogado. Entre as situações que mais possibilitam reversão, estão:

  • Erro de fato ou direito por parte do juiz;
  • Sentença baseada em provas frágeis ou equivocadas;
  • Nulidade processual;
  • Omissão ou contradição na fundamentação.

Ao recorrer após a sentença, é possível solicitar ao tribunal a reavaliação de todos esses elementos. Em processos cíveis, trabalhistas e até criminais, decisões são revertidas todos os dias por meio de recursos adequados.

jorge FA

A sentença encerra o processo?

Apesar de a sentença representar o julgamento do mérito, ela não encerra automaticamente o processo. Recorrer após a sentença ainda é possível e previsto pela lei processual. Somente após o trânsito em julgado (quando não cabe mais nenhum recurso) é que o processo é oficialmente encerrado.

Mesmo após a sentença, podem ocorrer as seguintes etapas:

  • Apelação;
  • Julgamento em segundo grau;
  • Recursos para tribunais superiores;
  • Fase de cumprimento de sentença;
  • Execução da decisão judicial.

Portanto, a sentença é uma etapa crucial, mas não definitiva. O direito de recorrer após a sentença deve ser considerado uma ferramenta indispensável de defesa e busca pela justiça.

Quem perde na segunda instância pode recorrer?

Sim, quem perde na segunda instância ainda pode recorrer após a sentença ou acórdão. A depender do caso, são possíveis os seguintes recursos:

  • Recurso Especial (STJ) – quando a decisão contrariar lei federal;
  • Recurso Extraordinário (STF) – quando violar a Constituição;
  • Embargos de Declaração – para esclarecer contradições ou omissões no acórdão;
  • Embargos Infringentes – em certos tribunais, quando há decisão não unânime desfavorável.

É fundamental avaliar, com o advogado, se há repercussão geral ou relevância jurídica, critérios exigidos pelos tribunais superiores. Embora mais complexa, essa fase ainda oferece possibilidades reais para recorrer após a sentença em segunda instância.

Qual recurso ataca sentença?

Recorrer após a sentença requer o conhecimento do recurso adequado para cada situação. Os principais recursos que atacam diretamente uma sentença são:

  • Apelação – recurso mais comum, cabível contra qualquer sentença de mérito;
  • Embargos de Declaração – para corrigir obscuridade, contradição ou omissão;
  • Ação Rescisória – quando a sentença já transitou em julgado e há vícios graves;
  • Agravo de Instrumento – usado quando a decisão do juiz não é sentença, mas prejudica o andamento processual.

Cada um desses recursos possui requisitos próprios. É essencial que o advogado analise cuidadosamente o conteúdo da sentença, o momento processual e os fundamentos legais antes de decidir a melhor forma de recorrer após a sentença.

Como um advogado especialista pode ajudar nesse processo?

Recorrer após a sentença é um procedimento técnico, cheio de detalhes e prazos rigorosos. Um advogado especialista é indispensável para:

  • Identificar o recurso cabível;
  • Cumprir prazos corretamente;
  • Formular argumentos jurídicos sólidos;
  • Reunir e apresentar provas com estratégia;
  • Evitar erros que possam extinguir o direito de recorrer.

Na Reis Advocacia, nossos advogados atuam com excelência em recursos judiciais. Já ajudamos centenas de clientes a reverter decisões desfavoráveis, com fundamentações robustas e acompanhamento técnico em todas as fases do processo.

Como vimos, recorrer após a sentença é uma ferramenta fundamental para corrigir erros judiciais, garantir justiça e proteger direitos. A sentença não representa o fim, mas uma etapa do processo. Através dos recursos certos, com prazos corretos e argumentos sólidos, é possível reformar ou anular decisões desfavoráveis.

Se você recebeu uma sentença injusta ou quer saber se pode recorrer após a sentença, entre em contato conosco. Oferecemos análise personalizada e soluções jurídicas sob medida.

jorge EC

Perguntas frequentes sobre recorrer após a sentença

  1. Recorrer após a sentença é um direito garantido? Sim, é um direito garantido pela Constituição e pelo Código de Processo Civil.
  2. Posso recorrer sozinho, sem advogado? Em regra, não. Exceto em juizados especiais cíveis de até 20 salários mínimos.
  3. Quanto tempo demora para julgar um recurso? Depende da complexidade e do tribunal, mas geralmente leva de 3 a 18 meses.
  4. Posso recorrer de uma sentença penal condenatória? Sim, com apelação criminal, revisão criminal ou habeas corpus, conforme o caso.
  5. Recorrer suspende os efeitos da sentença? Nem sempre. Em alguns casos, é preciso pedir efeito suspensivo.
  6. Perdi o prazo, ainda posso recorrer? Geralmente não, mas em raras exceções é possível alegar nulidade ou pedir rescisória.
  7. Posso apresentar novas provas ao recorrer? Via de regra, não. Mas há exceções em casos de provas novas e relevantes.
  8. A sentença do juiz pode ser anulada? Sim, se houver erro grave ou vício processual.
  9. Qual o recurso mais usado? A apelação, prevista no art. 1.009 do Código de Processo Civil.
  10. Vale a pena recorrer sempre? Não necessariamente. Deve-se analisar o custo-benefício e a viabilidade com um advogado.

 

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Referências:

 

 

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DR JORGE GUIMARAES NOVO

Sócio e Advogado – OAB/PE 41.203

Advogado criminalista, militar e em processo administrativo disciplinar, especializado em Direito Penal Militar e Disciplinar Militar, com mais de uma década de atuação.

Graduado em Direito pela FDR-UFPE (2015), pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil (ESA-OAB/PE) e em Tribunal do Júri e Execução Penal. Professor de Direito Penal Militar no CFOA (2017) e autor do artigo "Crise na Separação dos Três Poderes", publicado na Revista Acadêmica da FDR (2015).

Atuou em mais de 956 processos, sendo 293 processos administrativos disciplinares, com 95% de absolvições. Especialista em sessões do Tribunal do Júri, com mais de 10 sustentações orais e 100% de aproveitamento.

Atualmente, também é autor de artigos jurídicos no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito Criminal, Militar e Processo Administrativo Disciplinar, com foco em auxiliar militares e servidores públicos na defesa de seus direitos.

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