Justiça reconhece racismo em banco e condena instituição
No coração de Recife, um cliente foi à agência bancária resolver pendências financeiras, mas saiu de lá com muito mais do que esperava: uma marca emocional que só o tempo e a justiça poderiam amenizar. O caso de racismo em banco que envolveu um tratamento discriminatório por parte de um segurança contra um homem negro mobilizou não apenas a opinião pública, mas também o Poder Judiciário, que reconheceu a ofensa e determinou a indenização.
O cliente, A.A.P., passou pela humilhação de ouvir um comentário racista ao tentar sair da agência bancária. O travamento da porta giratória inicialmente parecia um procedimento comum de segurança, mas a situação escalou quando o segurança, em tom pejorativo, insinuou que o cliente era suspeito por conta da cor da sua pele. Uma testemunha confirmou o ocorrido em audiência.
A decisão judicial foi clara: não houve abalo suficiente para dano moral no travamento da porta, mas houve, sim, um ato ilícito no comentário do funcionário. A sentença afirma: “Trata-se, portanto, de inequívoco ato ilícito ensejador de obrigação de reparar o dano moral…”
O banco foi condenado ao pagamento de R$ 3.000,00 ao autor, valor considerado razoável diante do contexto e das provas apresentadas (Processo nº 0042644-71.2025.8.17.8201).
Comentário preconceituoso gera condenação por dano moral
O racismo em banco é uma das formas mais cruéis de discriminação, pois atinge pessoas em um ambiente de serviço essencial e que deveria oferecer segurança e respeito. O caso de A.A.P. não é isolado. Casos semelhantes têm ganhado notoriedade e mostram como é urgente tratar a questão com a seriedade que merece.
A principal base jurídica para condenações por racismo em banco é o artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, que assegura a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas. Além disso, o artigo 186 do Código Civil tipifica o ato ilícito como aquele que causa dano a outrem, ainda que por negligência ou imprudência.
É importante ressaltar que, em casos de racismo, a prova testemunhal tem papel fundamental. A presença de testemunhas que presenciaram os fatos foi essencial para a condenação do banco neste caso. O juiz deixou claro que não houve qualquer esforço da parte ré em refutar ou contestar o testemunho.
Portanto, não se trata de um mero aborrecimento, mas de um caso de racismo em banco que atingiu diretamente a dignidade da pessoa humana.
Racismo em banco: lições e alertas ao consumidor
O racismo em banco, além de ser um ato discriminatório, é um claro atentado aos direitos humanos e pode gerar abalos emocionais profundos. É essencial que os consumidores estejam cientes de seus direitos e saibam como agir em situações semelhantes.
Este caso mostra que:
- Testemunhas fazem diferença: se você for vítima de racismo em banco, tente identificar pessoas que presenciaram o fato.
- Boletim de ocorrência importa: registrar a ocorrência é um passo importante para garantir que o caso seja levado adiante.
- Não se cale: buscar apoio jurídico é essencial. Muitas pessoas deixam de acionar a justiça por não saberem que têm direito à indenização.
- Documente tudo: mensagens, gravações ou qualquer outro tipo de prova pode ser útil em um processo.
A cada nova decisão judicial que reconhece o racismo em banco, a sociedade dá um passo rumo à justiça e à igualdade.
Como agir em casos de racismo em estabelecimentos comerciais?
A primeira atitude é manter a calma. Anote nomes, identifique testemunhas e registre imediatamente um boletim de ocorrência. Em seguida, procure um advogado especialista em direitos civis para orientar sobre o caso.
No caso tratado neste artigo, a atuação da Reis Advocacia foi essencial para garantir o reconhecimento do direito do cliente, com experiência em casos de dano moral e discriminação, conduziu o processo com firmeza e segurança, possibilitando o resultado positivo.
O processo por racismo em banco não é apenas uma forma de reparar um dano individual, mas também de educar a sociedade e prevenir novas ocorrências.
Advogado para ação judicial por racismo em banco
Se você foi vítima de racismo em banco ou presenciou algum caso, saiba que é possível buscar justiça. A Reis Advocacia atua na defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos e tem histórico de sucesso em ações dessa natureza.
Neste caso, conseguimos provar o ato discriminatório e garantir ao nosso cliente uma indenização justa. A atuação foi decisiva para fundamentar a ação, apresentar provas robustas e conduzir todas as etapas do processo com excelência.
Se você viveu algo parecido, entre em contato com nossa equipe e tire suas dúvidas. Não permita que o racismo em banco fique impune.
Acesse o tribunal e saiba mais sobre o processo: Processo: 0042644-71.2025.8.17.8201
Perguntas Frequentes sobre racismo em banco
- O que é considerado racismo em banco?
Racismo em banco ocorre quando um cliente é tratado de forma desigual ou ofensiva em razão de sua cor, etnia ou origem, como negar acesso, travar portas ou fazer comentários preconceituosos. - Posso processar um banco por racismo?
Sim. Se você foi vítima de discriminação racial em uma agência bancária, é possível entrar com uma ação de dano moral. - Preciso de provas para processar por racismo em banco?
Sim. Testemunhos, gravações e boletins de ocorrência são fundamentais para comprovar o fato. - Qual é o valor da indenização por racismo em banco?
O valor varia conforme o caso e as provas apresentadas. No caso analisado, foi fixado em R$ 3.000,00. - O banco pode ser responsabilizado por atos de funcionários?
Sim. A instituição responde civilmente pelos atos praticados por seus empregados no exercício da função. - Como denunciar racismo em banco?
Registre um boletim de ocorrência e procure um advogado. Também é possível denunciar ao Procon ou órgãos de direitos humanos. - O que é dano moral por racismo?
É a compensação financeira pelo sofrimento psíquico e emocional causado por ato discriminatório. - Existe jurisprudência para racismo em banco?
Sim. Diversos tribunais já reconheceram o direito à indenização por racismo em bancos. - Qual o prazo para entrar com ação por racismo?
Em geral, o prazo é de três anos, mas é recomendável buscar orientação jurídica imediatamente. - A Reis Advocacia atua em todo o Brasil?
Sim. Atuamos em diversas regiões do país com atendimento online e presencial.
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Sócio e Advogado – OAB/PE 41.203
Advogado criminalista, militar e em processo administrativo disciplinar, especializado em Direito Penal Militar e Disciplinar Militar, com mais de uma década de atuação.
Graduado em Direito pela FDR-UFPE (2015), pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil (ESA-OAB/PE) e em Tribunal do Júri e Execução Penal. Professor de Direito Penal Militar no CFOA (2017) e autor do artigo "Crise na Separação dos Três Poderes", publicado na Revista Acadêmica da FDR (2015).
Atuou em mais de 956 processos, sendo 293 processos administrativos disciplinares, com 95% de absolvições. Especialista em sessões do Tribunal do Júri, com mais de 10 sustentações orais e 100% de aproveitamento.
Atualmente, também é autor de artigos jurídicos no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito Criminal, Militar e Processo Administrativo Disciplinar, com foco em auxiliar militares e servidores públicos na defesa de seus direitos.




