Ex de Dado Dolabella depõe sobre o caso de agressão
Nesta segunda‑feira (17 de novembro de 2025), a modelo e empresária Marcela Tomaszewski, que figura como ex de Dado Dolabella, prestou depoimento na 14ª Delegacia de Polícia (Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro) a respeito de supostas agressões que teria sofrido durante o relacionamento com o ator Dado Dolabella.
O fato reacende o debate sobre violência doméstica, abuso emocional e os mecanismos de proteção às vítimas – não somente em casos ligados ao mundo dos famosos, mas em qualquer relacionamento conflituoso.
Quando a ex de Dado Dolabella decide dar voz à sua versão dos fatos, abre‑se uma reflexão relevante para muitas mulheres e pessoas que podem estar em relações de risco: qual o papel da denúncia, quais as consequências jurídicas e quais direitos ela tem? Essa repercussão atinge outras pessoas que vivem situações similares — pois não se trata apenas de uma celebridade, mas de uma face de uma prática que afeta milhares de mulheres no país.
Este artigo, assinado pelo Dr. Tiago O. Reis, explica com profundidade o caso da ex de Dado Dolabella, examina o contexto jurídico, aponta soluções práticas e destaca como o escritório de advocacia pode ajudar quem vive situação análoga.
Segue‑se agora o desenvolvimento.
Depoimento da ex de Dado Dolabella e a denúncia contra o ator: o que se sabe até agora
No âmbito do caso envolvendo a ex de Dado Dolabella, as seguintes informações são públicas até o momento:
- A modelo Marcela Tomaszewski compareceu à 14ª DP do Leblon, no Rio de Janeiro, para prestar depoimento sobre supostas agressões cometidas por Dado Dolabella.
- Conforme o advogado de Marcela, foi protocolada queixa‑crime contra o ator, com pedido de prisão preventiva e medida protetiva.
- A ex de Dado Dolabella afirmou ter medo e pena do ator, chegou a chamar‑lo de “narcisista” e relatou ter se sentido vulnerável na relação.
- Segundo matéria da imprensa, Marcela já havia reconhecido ter dado um tapa no rosto de Dado Dolabella e afirmou agora que “acordou antes que ele fizesse coisa pior”.
- A ex de Dado Dolabella relatou que o ator havia feito observações depreciativas sobre sua maneira de trabalhar e ser “masculina demais”, o que ela interpretou como parte de um padrão de manipulação afetiva.
Como advogado especializado em direito de família e violência doméstica, cabe aqui destacar que, ao prestar depoimento, a ex de Dado Dolabella está dando um passo fundamental para a tutela de seus direitos: registrar oficialmente os fatos, permitir o início de investigação, acionar medidas protetivas e assegurar eventual reparação. Esse depoimento não é apenas uma formalidade — ele organiza a própria narrativa, cria prova, e informa à autoridade policial que há um litígio que deve avançar.
A gravidade da situação reside no fato de que, mesmo sendo uma figura pública, a ex de Dado Dolabella viveu uma dinâmica que muitas mulheres enfrentam: agressões, manipulação, sentimentos de culpa e medo de retaliação. E ao fazê‑lo público, abre caminho para que outras vítimas se sintam representadas e busquem ajuda.
Segue‑se agora a análise jurídica desse tipo de caso.
Contexto Jurídico
No caso da ex de Dado Dolabella, várias teses jurídicas e princípios se aplicam. A seguir, listam‑se os principais elementos.
- Lei de violência doméstica (Lei nº 11.340/2006 – Maria da Penha).
- Trata‑se da legislação que visa prevenir e punir a violência doméstica e familiar contra a mulher, aplicável quando a relação possui convivência familiar ou íntima e se verifica agressão física, psicológica, moral ou patrimonial.
- No caso da ex de Dado Dolabella, se for comprovada a existência de relação íntima e coabitação ou vínculo afetivo‑conjugal, a lei se aplica.
- As medidas protetivas – como afastamento do agressor, proibição de contato, mudança de rotina – podem ser requeridas pela vítima. No caso, a queixa‑crime da ex de Dado Dolabella demanda também medida protetiva.
- Princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III da Constituição Federal).
- Toda agressão, manipulação ou controle emocional fere o princípio da dignidade, assim como o direito à integridade física e psicológica da pessoa.
- Quando a ex de Dado Dolabella relata que o ator teria dito que ela era “masculina demais” e que precisava “pensar mais em família”, há indício de violação desses direitos elementares.
- Princípio da proteção e da prioridade à vítima.
- A legislação específica e a jurisprudência apontam para a necessidade de tratamento diferenciado à vítima de violência doméstica, com acolhimento, investigação imediata, liberdade para romper o silêncio.
- A ex de Dado Dolabella, ao depor, exerce esse direito. É dever do Estado garantir segurança, sigilo, acesso à reparação e medidas para evitar revitimização.
- A prova oral, documental, pericial e seu valor.
- No inquérito relativo à ex de Dado Dolabella, podem ser utilizadas gravações, mensagens, fotos, laudos de exame de corpo de delito, depoimento.
- A adoção de coletas de prova adequadas aumenta a chance de responsabilização. Por exemplo, no dito depoimento, as declarações da ex de Dado Dolabella e eventuais imagens de lesões assumem relevante peso.
- Teses de Direito Penal e Direito Processual Penal.
- Se configurada agressão física ou lesão corporal, pode haver instauração de inquérito policial, com eventual oferecimento de denúncia pelo Ministério Público.
- Além disso, pode haver pedido de prisão preventiva ou liberdade provisória com medidas cautelares – no caso da ex de Dado Dolabella, esse pedido foi formulado.
- A responsabilização cresce ainda mais se houver reincidência, ameaça, violência psicológica ou patrimonial.
- Opinião das partes.
- A ex de Dado Dolabella declarou:
“Estou em paz porque sei que o que vim fazer aqui hoje, eu já deveria ter feito. Venho com a minha verdade, minhas provas…”
- Já a defesa de Dado Dolabella afirmou que “é falsa a informação de que haveria pedido de prisão contra Dado”.
Diante desse contexto jurídico, fica claro que o caso da ex de Dado Dolabella não se trata apenas de uma reportagem de celebridade, mas de um padrão de comportamento que o Direito combate: a violência doméstica, o abuso emocional, a manipulação e o silenciamento da vítima.
Avançamos agora para entender as repercussões legais, soluções jurídicas e o que pode ser feito.
Repercussões Legais e soluções jurídicas
Quando olhamos para o caso da ex de Dado Dolabella, percebemos diversas repercussões:
- Para vítimas de violência doméstica em geral — A visibilidade desse caso pode incentivar outras mulheres ou pessoas em relacionamento abusivo a romperem o silêncio e buscarem apoio.
- Para celebridades e pessoas públicas — Mostra que estar sob holofotes não impede que se seja vítima, e que a lei pode (e deve) alcançar todos, independentemente da fama.
- Para o sistema de justiça — É um lembrete de que delegacias especializadas, medidas protetivas e acompanhamento psicológico ou social precisam funcionar de maneira estruturada.
- Para potenciais agressores — Há um recado claro de que as condutas de agressão, física ou indireta, têm consequências. A ex de Dado Dolabella ao depor indica que o autor pode responder pelos seus atos.
- Para advogados, agentes de proteção e sociedade civil — O caso exige atuação integrada: representação jurídica, apoio psicológico, comunicação social responsável.
Soluções jurídicas práticas (lista)
- Relatar e registrar o fato: Assim como a ex de Dado Dolabella fez, é vital comparecer a delegacia, prestar depoimento, e documentar os fatos (mensagens, gravações, fotos).
- Requerer medidas protetivas: Com base na Lei Maria da Penha, a vítima pode pedir afastamento do agressor, proibição de contato, mudança de local de moradia ou ambiente de trabalho.
- Ingresso de ação penal ou queixa‑crime: Em situações como a da ex de Dado Dolabella, o advogado pode ingressar com queixa‑crime se for ação privada ou apoiar o Ministério Público se for pública.
- Acompanhamento psicológico/assistência social: A reparação não se limita à esfera jurídica; as vítimas precisam de apoio para recuperação emocional e social.
- Orientação e representação jurídica especializada: Um escritório com experiência em violência doméstica pode orientar sobre prazos, efeitos da denúncia, possibilidade de reparação civil, e evitar revitimização.
- Acesso à reparação econômica: Em muitos casos, a vítima pode pleitear indenização por danos morais, materiais ou estéticos — algo que a ex de Dado Dolabella pode considerar caso se confirme o abuso.
- Monitoramento da execução da medida protetiva ou decisão penal: É importante acompanhar se a medida foi efetivamente cumprida e, se não, acionar a autoridade policial ou ministerial para fiscalizar.
Agora, segue‑se a conclusão com uma visão integrada do tema.
Direito de Família e Violência Doméstica
A jornada da ex de Dado Dolabella, ao prestar depoimento e buscar que a justiça reconheça sua versão dos fatos, exemplifica como a violação dos direitos da mulher, seja por agressão física ou por abuso emocional, exige resposta firme por parte do Estado e da sociedade. Este caso mostra que nenhum relacionamento está imune ao risco de violência — e que a coragem de romper o silêncio é um passo essencial para a transformação.
Do ponto de vista jurídico, trata‑se de aplicar a lei com rigor (como a Lei Maria da Penha), garantir o respeito aos princípios constitucionais da dignidade humana e proteção à vítima, e agir com ética profissional para assegurar não apenas o acesso à justiça, mas à reparação e à reconstrução. É possível afirmar que a ex de Dado Dolabella está lançando uma semente de mudança — e essa semente pode florescer em proteção real para muitas outras vítimas.
As implicações práticas são claras: caberá acompanhamento da investigação, possível oferecimento de denúncia, análise das medidas protetivas, e eventual reparação civil. Cabe recurso ou acompanhamento das decisões na instância criminal ou civil, se for o caso, e é fundamental que a vítima não fique à mercê da revitimização.
Do ponto de vista humano, a lição é que a denúncia não é fraqueza — é força. A ex de Dado Dolabella escolheu expressar sua verdade e buscar amparo jurídico. Para quem vive esse tipo de situação, a mensagem é: você não está sozinha, há amparo, há direitos.
Se você identificou no seu relacionamento sinais como os que a ex de Dado Dolabella relatou, busque ajuda imediatamente.
Perguntas Frequentes sobre o tema
- A ex de Dado Dolabella pode pedir medidas protetivas mesmo sem registro de lesão física?
Sim. Mesmo sem lesão visível, se houver ameaça, agressão psicológica, minoração da liberdade ou controle do agressor — características do que se entende por violência doméstica — é possível requerer medida protetiva nos termos da Lei Maria da Penha. - Quanto tempo leva para a polícia investigar o caso da ex de Dado Dolabella?
Não há prazo fixo. Depende da complexidade, volume de provas, depoimentos e atos de investigação. O primeiro passo é o inquérito policial; depois pode haver denúncia, processo e julgamento. - A ex de Dado Dolabella pode pedir indenização?
Sim. Além da esfera criminal, pode haver ação de reparação civil por danos morais, materiais ou estéticos. O fato de ela ter se antecipado e buscado auxílio jurídico fortalece esse caminho. - O agressor (neste caso, o ex de Dado Dolabella) pode ser preso imediatamente?
Não necessariamente. A prisão preventiva ou temporária depende dos requisitos legais: flagrante, risco à investigação ou à vítima, reincidência ou gravidade da conduta. No caso em questão, há pedido de prisão preventiva, mas isso não significa que ocorrida com certeza. - A ex de Dado Dolabella corre risco de revitimização ao prestar depoimento?
Sim — mas o sistema jurídico prevê ambiente protegido, sigilo, acompanhamento especializado. O ideal é que ela seja amparada por advogado, assistente social ou psicóloga durante o procedimento. - E se o agressor (o ex de Dado Dolabella) violar a medida protetiva?
Ele pode responder por crime de desobediência (art. 330 do Código Penal) e a medida pode ser revista, inclusive convertida em prisão preventiva. A vítima deve comunicar imediatamente à autoridade policial a violação. - Qual a diferença entre queixa‑crime e denúncia?
Queixa‑crime é instrumento utilizado na ação penal privada, quando a própria vítima inicia o processo. Denúncia é oferecida pelo Ministério Público em ação penal pública. No caso da ex de Dado Dolabella, foi protocolada queixa‑crime. - A fama ou status do agressor (como o ex de Dado Dolabella) interfere no processo?
Não deveria — a lei é igual para todos. No entanto, a presença de visibilidade pública pode gerar maior repercussão e atenção dos meios de comunicação, o que exige cuidado para garantir imparcialidade e tratamento justo. - Se a relação terminou, ainda pode haver violência doméstica?
Sim. Se houve relação íntima de afeto ou convivência, a violência doméstica pode persistir, mesmo após término, sobretudo pelo uso de mensagens abusivas, ameaças ou stalking. Então, ex de Dado Dolabella ou qualquer outra pessoa podem ser amparadas mesmo após separação. - Quando buscar um advogado especializado?
Idealmente assim que houver qualquer indício de agressão (verbal, emocional, física) ou medo. Procurar um advogado antes de prestar depoimento, definir estratégias de medida protetiva, garantir preservação de provas — isso foi justamente o caminho seguido pela ex de Dado Dolabella.
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Referências:
G1 – Marcela Tomaszewski depõe sobre denúncia de agressão do ex-namorado Dado Dolabella
Uol – Ex presta depoimento de 5 horas e acusa Dado de agressão física e emocional.
Sócio e Advogado – OAB/PE 41.203
Advogado criminalista, militar e em processo administrativo disciplinar, especializado em Direito Penal Militar e Disciplinar Militar, com mais de uma década de atuação.
Graduado em Direito pela FDR-UFPE (2015), pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil (ESA-OAB/PE) e em Tribunal do Júri e Execução Penal. Professor de Direito Penal Militar no CFOA (2017) e autor do artigo "Crise na Separação dos Três Poderes", publicado na Revista Acadêmica da FDR (2015).
Atuou em mais de 956 processos, sendo 293 processos administrativos disciplinares, com 95% de absolvições. Especialista em sessões do Tribunal do Júri, com mais de 10 sustentações orais e 100% de aproveitamento.
Atualmente, também é autor de artigos jurídicos no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito Criminal, Militar e Processo Administrativo Disciplinar, com foco em auxiliar militares e servidores públicos na defesa de seus direitos.




