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Descontos indevidos: Policial Militar vence e banco anula!

Policial militar consegue na Justiça suspensão de descontos indevidos em contracheque. Saiba como reverter cobranças indevidas!

Policial Militar vence banco e anula descontos indevidos!
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Policial Militar vence banco e anula descontos indevidos!

Imagine ter parte do seu salário descontada mês após mês por um serviço que você sequer contratou. Essa era a realidade de J.F.S., um policial militar de Pernambuco que se viu refém de um débito impagável com o banco Lecca Crédito, Financiamento e Investimento S.A. Durante mais de dois anos, descontos indevidos eram abatidos diretamente de seu contracheque, sem contrato legítimo e sem qualquer benefício real. O medo de ter sua renda comprometida e não conseguir arcar com as despesas da família tirava o seu sono.

Policiais militares podem reaver descontos indevidos no contracheque por meio de ação judicial específica, garantindo a devolução dos valores descontados irregularmente e a correção de futuros lançamentos. É essencial reunir documentos e buscar orientação de um advogado especializado.

Foi aí que a Reis Advocacia, escritório especializado em Direito do Consumidor e Bancário, entrou em ação para reverter essa injustiça. Por meio de uma ação declaratória de inexistência de débito, acumulada com pedido de indenização por danos morais e materiais, o caso chegou ao Tribunal de Justiça de Pernambuco. O resultado? A Justiça não só reconheceu os descontos como indevidos, como determinou a suspensão imediata, garantindo dignidade financeira ao nosso cliente.

Na decisão, a juíza enfatizou: “Feitas tais considerações, com fulcro no art. 300 do CPC, defiro a antecipação da tutela de urgência pleiteada para determinar que a parte demandada SUSPENDA, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, os descontos consignados…” (Processo nº 0053784-78.2025.8.17.2001).

Mas o que fez toda a diferença nesse caso? Continue a leitura e descubra as teses jurídicas aplicadas, os aprendizados e como você também pode se proteger de abusos bancários.

Teses jurídicas usadas para anular descontos abusivos em folha

Muitas pessoas não sabem, mas em casos de contratação de cartão de crédito consignado sem autorização, o banco tem o dever de provar a existência do contrato — princípio conhecido como inversão do ônus da prova, previsto no art. 6º, VIII do CDC. Neste caso, foi exatamente essa tese que garantiu que o banco tivesse que apresentar documentos, gravações ou qualquer prova de que o policial havia solicitado o serviço. A ausência desses elementos fortaleceu o direito de nosso cliente.

Outro ponto decisivo foi o princípio da proteção da verba alimentar, pois o salário é impenhorável e deve ser preservado para garantir a subsistência digna. Descontos indevidos, mesmo pequenos, corroem o orçamento do servidor público. A Justiça tem reiterado que é ilegal realizar descontos sem contrato claro, transparente e assinado.

Além disso, a tutela antecipada (art. 300 do CPC) foi essencial para suspender imediatamente os descontos indevidos, evitando danos financeiros ainda maiores enquanto o processo segue seu curso.

Essa decisão é respaldada por vasta jurisprudência. Um exemplo citado foi o Agravo de Instrumento nº 0013975-07.2023.8.17.9000, que reforça a concessão de justiça gratuita a pessoas físicas que comprovem insuficiência de recursos. Esses detalhes jurídicos são vitais para garantir que o consumidor não fique refém de abusos.

5 passos para reaver descontos indevidos no contracheque policial

  1. Verifique o contracheque
    Analise todos os lançamentos para identificar cobranças suspeitas.

  2. Reúna documentos
    Separe holerites, comprovantes de pagamento e contratos que provem o desconto indevido.

  3. Formalize reclamação administrativa
    Protocole requerimento junto à corporação ou órgão competente.

  4. Busque assessoria jurídica
    Consulte um advogado especializado em Direito Militar.

  5. Proponha ação judicial
    Se necessário, ingresse com ação para reaver valores e cessar descontos.

O que aprender ao enfrentar descontos indevidos do banco

Este caso nos mostra lições valiosas:

Desconfie de cobranças estranhas: Revise seus contracheques e extratos bancários regularmente. Pequenas quantias descontadas, ao longo do tempo, somam valores expressivos.

Não aceite contratos que você não solicitou: É prática ilegal dos bancos converter empréstimos em cartões de crédito consignado sem autorização. Se isso ocorrer, procure provas e busque auxílio jurídico imediatamente.

Aja rápido: A morosidade pode significar mais prejuízos. A tutela antecipada é uma ferramenta poderosa para impedir o desconto indevido enquanto o processo tramita.

Conte com um advogado especializado: Processos contra instituições financeiras exigem estratégia, conhecimento técnico e postura combativa. No caso do policial militar, a Reis Advocacia foi essencial para reunir provas, fundamentar as teses e conduzir o processo até o deferimento da liminar.

Enfrentar um banco pode parecer impossível, mas com orientação jurídica certa, é possível virar o jogo.

Como cancelar descontos indevidos e proteger seu salário

Muitos consumidores nos perguntam: “O que eu faço para parar um desconto que nunca autorizei?” O primeiro passo é reunir toda a documentação: contracheques, extratos, comprovantes de renda e, se houver, correspondências do banco. Esses documentos são a base da ação judicial.

Em seguida, ingressa-se com uma ação declaratória de inexistência de débito, com pedido de tutela antecipada para suspender os descontos indevidos imediatamente. Quando há indícios de fraude ou irregularidade, o Código de Defesa do Consumidor garante ao cliente o direito de exigir que o banco apresente o contrato supostamente firmado.

Além de cessar os descontos indevidos, é possível pleitear indenização por danos morais, pois o desconto indevido em salário compromete a subsistência familiar. A jurisprudência brasileira é pacífica em reconhecer o dano moral nesses casos.

No caso de J.F.S., além de suspender os descontos indevidos, a Justiça poderá determinar a devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente (art. 42, parágrafo único, CDC) e fixar indenização por danos morais no valor de R$ 7.000,00.

Portanto, não aceite passivamente cobranças indevidas. Procure profissionais que dominem o assunto. Nosso escritório tem um histórico sólido na defesa do consumidor, com decisões favoráveis em situações semelhantes.

Advogado para cancelar descontos indevidos no banco

Casos como o de J.F.S. reforçam a importância de ter ao lado advogados comprometidos, que tratam cada cliente como único. Na Reis Advocacia, atuamos com transparência, atenção e estratégia. Cada detalhe é analisado para garantir que seus direitos sejam respeitados.

Se você está sofrendo com descontos indevidos em contracheque, seja por cartão consignado não contratado, empréstimo não solicitado ou qualquer outra prática abusiva, conte conosco. Não importa se você é servidor público, aposentado, pensionista ou trabalhador da iniciativa privada — ninguém é obrigado a pagar por dívidas que não contraiu.

Entre em contato agora mesmo com nossos advogados especialistas em Direito do Consumidor e Bancário. Assim como fizemos por J.F.S. (Processo nº 0053784-78.2025.8.17.2001), podemos ajudar você a recuperar o que é seu por direito.

Acesse o tribunal e saiba mais sobre o processo: Processo nº 0053784-78.2025.8.17.2001

Perguntas frequentes sobre descontos indevidos no contracheque policial

Como saber se tenho descontos indevidos no contracheque?
Analise detalhadamente seus lançamentos mensais e compare com contratos assinados.

Preciso de advogado para reaver valores descontados?
Sim, o acompanhamento jurídico é essencial para garantir seus direitos.

É possível receber valores retroativos?
Sim, é possível reaver valores dos últimos cinco anos, dependendo do caso.

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dr tiago militar

Dr. Tiago O. Reis, OAB/PE 34.925, OAB/SP 532.058, OAB/RN 22.557

Advogado especializado em ações que envolvem militares há mais de 12 anos, ex-2º Sargento da Polícia Militar e Diretor do Centro de Apoio aos Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco. Atuou em mais de 3039 processos em defesa da categoria, obtendo absolvições em PADs, processos de licenciamento e conselhos de disciplina.

Criou teses relevantes, como o Ação do Soldo Mínimo, Auxílio-transporte, Promoção Decenal da Guarda e Fluxo Constante de Promoção por Antiguidade.
Foi professor de legislação policial e sindicante em diversos processos administrativos. Pós-graduado em Direito Constitucional e Processual, com MBA em Gestão Empresarial, é referência na luta por melhores condições jurídicas e de trabalho aos militares.

Atualmente, também é autor de artigos e e Editor-Chefe no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito Criminal, Militar e Processo Administrativo Disciplinar, com foco em auxiliar militares e servidores públicos na defesa de seus direitos.

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