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Policial Militar consegue limitação de descontos por superendividamento

Justiça concede limitação de descontos por superendividamento a policial militar. Saiba como garantir dignidade financeira pela via judicial.

limitação de descontos
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Policial Militar consegue limitação de descontos por superendividamento: uma decisão que resgata a dignidade

Imagine trabalhar por décadas servindo à sociedade, garantindo a segurança pública, e ao final do mês, receber um contracheque praticamente zerado. Esse era o drama vivido pelo policial militar F.J.C., que, como tantos outros servidores, caiu na armadilha do superendividamento, com compromissos financeiros que ultrapassavam 70% da sua remuneração líquida.

Ao procurar o escritório Reis Advocacia, o militar buscava mais do que um alívio financeiro. Buscava sua dignidade. E a resposta da Justiça foi rápida e eficaz.

A sentença reconheceu a gravidade da situação e aplicou a Lei do Superendividamento (Lei 14.181/2021), determinando que os descontos mensais fossem limitados a 30% dos rendimentos líquidos do autor, tanto na folha quanto em sua conta bancária. Além disso, reconheceu o risco de dano irreparável e concedeu tutela de urgência para que a medida fosse implementada imediatamente.

Essa decisão é um marco na jurisprudência sobre o tema. Mostra que a limitação de descontos por superendividamento não é apenas possível, mas necessária para preservar a existência digna de quem já deu tanto pelo país. E neste artigo, você vai entender como essa limitação funciona, como agir para obtê-la e quais fundamentos legais amparam essa importante medida.

 

Tiago EC

Limitação de descontos por superendividamento: policial militar garante dignidade financeira

A vida de um servidor público, especialmente de um policial militar, é marcada por sacrifícios. Jornadas exaustivas, riscos diários e um compromisso inabalável com o dever. No entanto, mesmo esses heróis podem ser vítimas de empréstimos em excesso, renegociações mal explicadas e dívidas que se tornam impagáveis.

O caso de F.J.C. é emblemático. Com mais de 70% de seus vencimentos comprometidos com dívidas consignadas, não conseguia arcar com necessidades básicas como alimentação, saúde e transporte. A situação chegou ao limite quando as cobranças passaram a ocorrer também diretamente na conta bancária, tornando inviável qualquer tentativa de reequilíbrio financeiro.

Foi então que, ao buscar apoio jurídico, foi proposta a ação de tutela antecipada antecedente, com o objetivo de garantir a limitação de descontos por superendividamento. O pedido foi claro:

  • Limitação de descontos a 30% dos vencimentos líquidos;
  • Proibição de novos descontos que ultrapassem esse limite;
  • Aplicação da Lei do Superendividamento;
  • Preservação do mínimo existencial do servidor.

A Justiça acatou os argumentos, reconheceu a verossimilhança das alegações e o risco de dano irreparável. Assim, determinou que o Banco Bradesco se abstivesse de realizar quaisquer descontos que excedessem o percentual de 30% dos proventos líquidos do autor.

Essa vitória representa mais do que uma medida financeira — é uma medida de humanidade. A limitação de descontos por superendividamento devolveu ao servidor o controle sobre sua vida.

Tiago CA

Teses jurídicas aplicadas para proteger superendividados

O caso de F.J.C. utilizou teses jurídicas modernas e consolidadas na doutrina e jurisprudência pátria, especialmente à luz da Lei 14.181/2021, conhecida como Lei do Superendividamento. Entre os principais fundamentos utilizados para garantir a limitação de descontos por superendividamento, destacam-se:

  1. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

O artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal estabelece a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República. A jurisprudência entende que esse princípio deve ser observado inclusive nas relações privadas, como as bancárias e de consumo.

  1. Mínimo Existencial

Não se pode permitir que o cidadão, por conta de dívidas, fique sem recursos para sua sobrevivência. A limitação de descontos protege o chamado mínimo existencial, essencial à manutenção de uma vida digna.

  1. Lei 14.181/2021 (Lei do Superendividamento)

Essa lei alterou o Código de Defesa do Consumidor para proteger pessoas físicas de boa-fé que perderam a capacidade de pagar suas dívidas sem comprometer o sustento próprio ou da família. A norma permite a repactuação das dívidas e ações para evitar abusos por parte dos credores.

  1. Precedentes do STJ e TJPE

Diversos julgados já reconheceram que, mesmo em se tratando de dívidas voluntárias, a limitação de descontos por superendividamento é possível e recomendável para preservar a dignidade do devedor.

Exemplo de jurisprudência:

“É possível limitar os descontos consignados a 30% dos vencimentos líquidos do devedor, em atenção aos princípios da razoabilidade e da dignidade da pessoa humana.” – TJPE, Apelação Cível

Com base nessas teses, a atuação do Dr. Tiago O. Reis foi decisiva para assegurar a tutela antecipada e consolidar uma decisão que hoje serve de referência.

Como funciona a Lei do Superendividamento na prática

A Lei do Superendividamento foi criada para equilibrar a relação entre consumidores e instituições financeiras. Seus principais pilares são:

  • Informação clara e transparente sobre os riscos do crédito;
  • Proibição de assédio ao consumo de crédito por vulneráveis (como idosos e analfabetos);
  • Facilidade para renegociar todas as dívidas de uma vez só, via plano judicial de pagamento;
  • Possibilidade de limitar os descontos mensais, em especial quando o devedor já não consegue garantir sua sobrevivência.

No caso do servidor superendividado, como o policial militar F.J.C., a lei permite que o juiz limite os descontos mensais, impedindo que instituições financeiras cobrem mais do que 30% da renda disponível.

A aplicação da limitação de descontos por superendividamento tem sido cada vez mais comum, especialmente para garantir que o devedor tenha recursos para se alimentar, cuidar da saúde, pagar moradia e garantir sua subsistência.

Se você está endividado, mas sempre pagou suas contas e não tem histórico de má-fé, essa lei foi feita para proteger você.

Conclusão: Advogado para casos de superendividamento e limitação de descontos

O caso em que o policial militar conseguiu a limitação de descontos por superendividamento é mais uma demonstração da força da Justiça quando invocada com base sólida e atuação estratégica.

A limitação dos descontos a 30% dos rendimentos líquidos devolveu ao servidor sua capacidade de reorganizar sua vida e respirar financeiramente. E isso só foi possível graças à atuação da Reis Advocacia, que tem se destacado em ações de defesa de servidores superendividados.

Se você enfrenta uma situação parecida, saiba que existe solução. A limitação de descontos por superendividamento é um direito assegurado por lei. Não aceite que sua renda seja consumida por completo mês após mês.

Procure o apoio jurídico certo e garanta que seus direitos sejam respeitados. Na Reis Advocacia, estamos prontos para ajudá-lo a recuperar sua dignidade financeira.

Acesse o tribunal e saiba mais sobre o processo: 0003275-34.2024.8.17.2480

Tiago EC

Perguntas Frequentes sobre limitação de descontos por superendividamento

  1. O que é limitação de descontos por superendividamento?
    É o direito de limitar os descontos de dívidas a no máximo 30% da renda líquida, garantindo o mínimo existencial.
  2. Qual lei regula o superendividamento?
    A Lei 14.181/2021, que alterou o Código de Defesa do Consumidor para proteger o consumidor pessoa física.
  3. Quais dívidas podem ser incluídas na ação de superendividamento?
    Empréstimos pessoais, cartões de crédito, financiamentos e demais dívidas civis.
  4. Dívidas com bancos públicos também podem ser renegociadas?
    Sim. A limitação de descontos pode ser aplicada independentemente do banco.
  5. Posso perder meu nome limpo com essa ação?
    Não. O objetivo da lei é permitir que você reorganize suas finanças de forma legal e controlada.
  6. A limitação de 30% é obrigatória?
    Depende do caso. O juiz pode estabelecer percentuais diferentes, mas a média é de 30%.
  7. Preciso de advogado para entrar com a ação?
    Sim. É fundamental contar com um advogado especializado para estruturar o pedido adequadamente.
  8. A Reis Advocacia atende em casos de superendividamento?
    Sim. Atuamos em todo o país com foco na defesa de consumidores superendividados.
  9. Quanto tempo demora para obter a limitação dos descontos?
    Com o pedido de tutela de urgência, a limitação pode ser concedida em poucos dias.
  10. O que acontece após a limitação dos descontos?
    Você pode renegociar suas dívidas com mais tranquilidade e planejar sua vida financeira.

 

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Dr tiago Reis

Dr. Tiago O. Reis, OAB/PE 34.925, OAB/SP 532.058, OAB/RN 22.557

Advogado há mais de 12 anos e sócio-fundador da Reis Advocacia. Pós-graduado em Direito Constitucional (2013) e Direito Processual (2017), com MBA em Gestão Empresarial e Financeira (2022). Ex-servidor público, fez a escolha consciente de deixar a carreira estatal para se dedicar integralmente à advocacia.

Com ampla experiência prática jurídica, atuou diretamente em mais de 5.242 processos, consolidando expertise em diversas áreas do Direito e oferecendo soluções jurídicas eficazes e personalizadas.

Atualmente, também atua como Autor de Artigos e Editor-Chefe no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados, orientações práticas e informações confiáveis para auxiliar quem busca justiça e segurança na defesa de seus direitos.

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