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O divórcio é um momento difícil na vida de um casal, seja qual for a circunstância em que a separação ocorra.

No entanto, ao longo dos anos, o sistema jurídico tem buscado facilitar esse processo, tornando-o menos doloroso e mais acessível para os envolvidos. Uma das formas mais recentes e eficientes de dissolução matrimonial é o divórcio extrajudicial, que dispensa a necessidade de um processo judicial, simplificando e agilizando todo o procedimento.

Neste artigo, iremos explorar os aspectos fundamentais desse novo modelo de divórcio, elucidando suas vantagens e desafios, e apresentando as etapas que devem ser seguidas para obter a dissolução matrimonial de forma mais rápida e menos burocrática.

Continue lendo e descubra como o divórcio extrajudicial pode simplificar o processo de separação.

Diferentemente do divórcio judicial, em que o processo tramita perante um juiz, o divórcio extrajudicial é realizado diretamente em cartório, de forma mais rápida e menos burocrática.

 

Requisitos para o Divórcio Extrajudicial

Para que o divórcio possa ser realizado de forma extrajudicial, é necessário que o casal atenda a alguns requisitos estabelecidos pela legislação brasileira. São eles:

5 passos para fazer um divórcio extrajudicial

  1. Verifique os requisitos legais: Ausência de filhos menores ou incapazes e consenso entre as partes.
  2. Contrate um advogado especializado: A presença de advogado é obrigatória para cada cônjuge.
  3. Elabore o acordo de divórcio: Inclua partilha de bens, pensão alimentícia (se houver) e demais condições.
  4. Agende no cartório de notas: As partes comparecem com os advogados para lavrar a escritura pública.
  5. Averbe a alteração no cartório civil: Regularize o estado civil com a averbação da escritura de divórcio.

O divórcio extrajudicial é indicado para casos em que o casal esteja de acordo com a decisão de se divorciar e com as questões relativas à partilha de bens, pensão alimentícia, guarda dos filhos, entre outros.

A consensualidade é fundamental para que o processo seja realizado de forma extrajudicial.

Caso haja filhos menores de idade ou incapazes, o divórcio deve ser judicial, sendo necessária a participação do Ministério Público para garantir os interesses das crianças.

Para o divórcio extrajudicial, é obrigatória a presença de um advogado representando cada uma das partes.

Os advogados atuam para garantir que os direitos de seus clientes sejam preservados e que todas as questões legais sejam devidamente tratadas.

 

Como Funciona o Divórcio Extrajudicial?

O divórcio extrajudicial inicia-se com a elaboração de um acordo de divórcio, que deve ser assinado por ambos os cônjuges e por seus respectivos advogados.

Esse acordo estabelece as condições do divórcio, como a partilha de bens, a definição da pensão alimentícia (se houver) e a regulamentação da guarda dos filhos (quando aplicável).

Após a elaboração do acordo, ele é levado ao cartório de notas, onde será lavrada a escritura pública de divórcio.

Nesse momento, o casal e os advogados comparecem ao cartório para assinar a escritura, que tem o mesmo valor jurídico de uma sentença judicial.

Vale destacar que, durante todo o procedimento de divórcio extrajudicial, o casal deve estar assistido por seus advogados, que são os responsáveis por garantir a legalidade do acordo e orientar as partes sobre os seus direitos e deveres.

Comparativo entre Divórcio Judicial e Extrajudicial

CritérioDivórcio JudicialDivórcio Extrajudicial
Necessidade de processo na JustiçaSimNão, feito em cartório
Possibilidade com filhos menoresSimNão, apenas sem filhos menores
Tempo médio de conclusãoMeses a anosDe 1 a 2 semanas
Custo com taxas judiciaisAltoMais baixo (taxas cartorárias + advogados)
Exposição públicaAltaBaixa

 

Vantagens do Divórcio Extrajudicial

Optar pelo divórcio extrajudicial pode trazer diversas vantagens para o casal, tais como:

O divórcio extrajudicial é mais rápido que o divórcio judicial, já que não depende da agenda de um juiz e pode ser realizado diretamente em cartório.

O procedimento em cartório é menos burocrático e formal que o processo judicial, o que torna a experiência menos desgastante para as partes envolvidas.

Além disso, o divórcio extrajudicial tende a ser mais econômico, uma vez que evita custos com despesas judiciais e agiliza a conclusão do processo.

O divórcio em cartório é mais discreto, pois não envolve a exposição pública dos problemas familiares em um tribunal.

 

O Papel dos Advogados no Divórcio Extrajudicial

A presença dos advogados é essencial durante todo o processo de divórcio extrajudicial. Esses profissionais atuam como mediadores e consultores, garantindo que o acordo seja justo e equilibrado para ambas as partes.

Além disso, os advogados auxiliam na redação do acordo de divórcio, garantindo que todas as questões legais sejam abordadas de forma clara e completa.

Durante as negociações, os advogados também podem ajudar a amenizar conflitos e a encontrar soluções que satisfaçam os interesses de ambas as partes.

A atuação desses profissionais é fundamental para evitar que divergências pessoais interfiram no processo de divórcio e para garantir que a resolução seja pautada em questões legais e objetivas.

 

Divórcio Extrajudicial com Filhos Menores: Importância da Guarda e Pensão Alimentícia

Nos casos em que o casal possui filhos menores de idade, é necessário prever a regulamentação da guarda e da pensão alimentícia no acordo de divórcio.

Embora o divórcio extrajudicial não possa ser realizado quando há filhos menores ou incapazes envolvidos, após a maioridade dos filhos ou a capacidade civil ser atingida, os pais podem optar por realizar o divórcio extrajudicialmente para tratar dessas questões.

A regulamentação da guarda dos filhos deve levar em consideração o melhor interesse das crianças, garantindo que ambos os genitores tenham o direito de participar da vida dos filhos de forma ativa e responsável.

Já a pensão alimentícia tem o propósito de assegurar que os filhos tenham o sustento adequado, levando em conta as necessidades das crianças e as possibilidades financeiras de quem pagará a pensão.

 

Aspectos Patrimoniais: Partilha de Bens no Divórcio Extrajudicial

Outro ponto relevante no divórcio extrajudicial é a partilha de bens. O acordo deve definir como será realizada a divisão do patrimônio adquirido durante o casamento.

É importante que o casal seja transparente e detalhado na descrição dos bens a serem partilhados, garantindo a justa divisão dos ativos.

A partilha de bens pode abranger imóveis, veículos, contas bancárias, investimentos, entre outros ativos. Os advogados de família são fundamentais nesse momento, pois auxiliam o casal a chegar a um consenso sobre a divisão patrimonial, evitando conflitos e garantindo que os direitos de ambas as partes sejam preservados.

 

Regularização do Estado Civil após o Divórcio Extrajudicial

Após a lavratura da escritura de divórcio extrajudicial, é importante que as partes regularizem seu estado civil perante os órgãos competentes.

Para tanto, deve-se providenciar a averbação do divórcio no cartório de registro civil onde foi realizado o casamento, para que a alteração do estado civil seja oficializada.

Com a regularização do estado civil, as partes estarão livres para refazer suas vidas de forma independente, podendo, inclusive, contrair novo casamento ou união estável, caso desejem.

O divórcio extrajudicial é uma modalidade simplificada e eficiente para encerrar um casamento de forma amigável.

 

Ao atender aos requisitos legais e contar com o auxílio de advogados especializados, o casal pode realizar o divórcio em cartório, evitando a morosidade e a complexidade do processo judicial.

A consensualidade entre as partes é o ponto-chave para a realização do divórcio extrajudicial, permitindo que o casal encontre soluções que atendam às suas necessidades e expectativas de forma harmoniosa.

Perguntas frequentes sobre divórcio extrajudicial

Posso fazer o divórcio extrajudicial se tiver filhos menores?

Não. A presença de filhos menores ou incapazes exige que o divórcio seja feito judicialmente.

É obrigatório ter advogado no divórcio extrajudicial?

Sim. A lei exige a presença de, no mínimo, um advogado para acompanhar o casal.

Quanto tempo leva para sair o divórcio extrajudicial?

Geralmente entre 7 e 15 dias, dependendo da disponibilidade do cartório e da documentação.

É possível incluir partilha de bens no divórcio extrajudicial?

Sim. A divisão dos bens pode constar na própria escritura pública de divórcio.

O divórcio extrajudicial tem o mesmo valor que o judicial?

Sim. Ele tem a mesma validade jurídica de uma sentença de divórcio judicial.

Além disso, a presença dos advogados é fundamental para garantir que todos os aspectos legais sejam devidamente tratados e que o acordo seja justo e equilibrado para ambas as partes.

Se você está considerando o divórcio, avalie a possibilidade de optar pelo divórcio extrajudicial, desde que atenda aos requisitos necessários.

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Referências:

Contar com o apoio de um advogado especializado em direito de família será essencial para conduzir o processo de forma adequada, entre em contato com nossos especialistas e continue garantindo que seus direitos e interesses sejam respeitados e que a transição para a próxima fase da vida ocorra de forma tranquila e satisfatória.

O divórcio extrajudicial é uma alternativa eficiente para encerrar um casamento com respeito, diálogo e rapidez, possibilitando que ambas as partes sigam em frente em busca de novas oportunidades e realizações pessoais.

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DRA MARCELA NOVO

Advogada – OAB/PE 48.169

Advogada há mais de 7 anos, pós-graduação em Direito de Família e Sucessões, com destacada atuação na área. Possui especialização em prática de família e sucessões, em Gestão de Escritórios e Departamentos Jurídicos e em Controladoria Jurídica.

Atuou no Ministério Público do Estado de Pernambuco, nas áreas criminal e de família e sucessões, consolidando experiência prática e estratégica. Membro da Comissão de Direito de Família da OAB/PE (2021).
Autora de publicações acadêmicas relevantes sobre unidades familiares e direitos decorrentes de núcleos familiares ilícitos.

Atuou em mais de 789 processos, com foco em agilidade processual e qualidade, com uma expressiva taxa de êxito superior a 92,38%, especialmente em ações de alimentos, pensões, guarda e divórcio.

Atualmente, também é autora de artigos jurídicos no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito de Família e Sucessões, com foco em auxiliar famílias na resolução de conflitos e em orientar sobre direitos relacionados a alimentos, guarda, pensão e divórcio.

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