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Pejotização: O que é? Reforma trabalhista e criminalização

Pejotização Descubra tudo, seus impactos na reforma trabalhista e as implicações criminais. Entenda como isso afeta empresas e trabalhadores. Busque direitos.

Pejotização

Pejotização você já ouviu falar? Talvez você seja um empresário buscando reduzir custos, um recrutador tentando entender as melhores práticas de contratação, ou um colaborador preocupado com seus direitos trabalhistas.

A pejotização, ou a prática de contratar trabalhadores como pessoas jurídicas (PJs) em vez de empregados formais, é uma realidade crescente no mercado de trabalho brasileiro, especialmente após a reforma trabalhista de 2017.

Neste artigo, vamos esclarecer o que é pejotização, como identificá-la, os riscos envolvidos e as diferenças em relação à terceirização. Além disso, discutiremos se a pejotização é crime e como um advogado pode ser essencial para navegar por essas questões complexas.

Se você deseja compreender melhor esse tema e suas implicações, continue lendo. Este guia foi preparado para oferecer a você uma visão completa e prática sobre a pejotização, ajudando a tomar decisões informadas e evitar problemas legais.

Pejotização: o que é?

A pejotização é uma prática crescente no mercado de trabalho brasileiro, onde empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas (PJs) em vez de empregados formais. Esse modelo de contratação visa principalmente reduzir custos trabalhistas e fiscais.

Ao invés de registrarem seus funcionários sob a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as empresas optam por firmar contratos de prestação de serviços com os trabalhadores, que, por sua vez, são obrigados a abrir uma empresa (geralmente uma microempresa ou uma empresa de pequeno porte) para emitir notas fiscais pelos serviços prestados.

No entanto, essa prática pode ser problemática quando a relação de trabalho mantém características de um vínculo empregatício típico, como subordinação (o trabalhador deve seguir as ordens da empresa), pessoalidade (o serviço deve ser prestado pessoalmente pelo contratado), habitualidade (o trabalho é realizado de forma contínua) e onerosidade (há uma contraprestação pelo serviço prestado).

Quando esses elementos estão presentes, a pejotização pode ser considerada uma forma de fraude trabalhista, pois mascara uma relação de emprego para evitar o cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias previstas na CLT.

A pejotização, portanto, envolve complexidades legais significativas e pode resultar em sérias consequências para ambas as partes envolvidas, caso seja configurada como fraude em uma eventual ação judicial.

Pejotização do trabalho: o que é? Entenda a definição

A pejotização ocorre quando um trabalhador é contratado como pessoa jurídica para prestar serviços que, na prática, são realizados como um empregado. Isso significa que, em vez de um contrato de trabalho regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), há um contrato de prestação de serviços entre a empresa e o trabalhador.

Características da pejotização:

  1. Subordinação: O trabalhador está sujeito às ordens e ao controle da empresa.
  2. Pessoalidade: O trabalho deve ser realizado pessoalmente pelo contratado.
  3. Onerosidade: Há uma contraprestação pelo serviço prestado.
  4. Habitualidade: O trabalho é realizado de forma contínua.

 Saiba Como identificar Pejotização?

Identificar a pejotização pode ser desafiador, pois ela se camufla sob a aparência de contratos de prestação de serviços. No entanto, alguns sinais indicam essa prática:

  1. Controle de horário: O trabalhador cumpre horários definidos pela empresa.
  2. Exclusividade: O trabalhador presta serviços exclusivamente para uma empresa.
  3. Ferramentas de trabalho: A empresa fornece os equipamentos e ferramentas necessários para o trabalho.
  4. Subordinação hierárquica: O trabalhador está sujeito às ordens e diretrizes da empresa.

Como comprovar a pejotização?

Comprovar a pejotização requer a apresentação de evidências que demonstrem a existência de uma relação empregatícia disfarçada. Isso pode incluir:

  1. Depoimentos de colegas: Testemunhos de outros trabalhadores que confirmem a subordinação e habitualidade.
  2. Documentos e e-mails: Registros de comunicação que demonstrem o controle e supervisão pela empresa.
  3. Contratos e recibos: Análise dos contratos de prestação de serviços e recibos de pagamento que evidenciem a contraprestação regular.

Pejotização é crime?

A pejotização em si não é tipificada como crime no Código Penal. No entanto, ela pode configurar uma fraude trabalhista, sujeitando a empresa a sanções administrativas e judiciais.

Consequências legais:

  1. Reconhecimento de vínculo empregatício: O trabalhador pode acionar a Justiça do Trabalho para ter seus direitos reconhecidos.
  2. Multas e encargos retroativos: A empresa pode ser condenada a pagar todas as verbas trabalhistas devidas, além de multas.
  3. Danos morais: Em casos extremos, pode haver condenação por danos morais ao trabalhador.
Pejotização: quais os riscos?

Os riscos da pejotização são significativos para ambas as partes envolvidas:

Para o trabalhador:

  1. Perda de direitos trabalhistas: Férias, 13º salário, FGTS, entre outros benefícios.
  2. Insegurança jurídica: Dificuldade em comprovar a relação empregatícia em caso de litígio.

Para a empresa:

  1. Sanções legais: Multas e encargos retroativos em caso de reconhecimento da pejotização.
  2. Danos à reputação: Perda de credibilidade e confiança no mercado.
Como descaracterizar a pejotização

Para evitar a caracterização da pejotização, as empresas devem adotar práticas que deixem claro o caráter autônomo da relação de trabalho. Algumas medidas incluem:

  1. Contratos claros: Elaboração de contratos de prestação de serviços bem detalhados.
  2. Autonomia do trabalhador: Garantir que o trabalhador tenha liberdade para gerenciar seu próprio tempo e métodos de trabalho.
  3. Diversidade de clientes: Incentivar que o prestador de serviços tenha múltiplos clientes, evitando exclusividade.
Pejotização x terceirização: quais as diferenças?

A terceirização e a pejotização são conceitos distintos, embora possam ser confundidos.

Terceirização:

  1. Contratação de empresa terceira: A empresa contrata outra empresa para realizar determinadas atividades.
  2. Ausência de subordinação direta: Os trabalhadores terceirizados são subordinados à empresa prestadora de serviços, não à contratante.

Pejotização:

  1. Contratação de pessoa física como PJ: O trabalhador é contratado como pessoa jurídica, mas atua sob subordinação direta da empresa.
  2. Relação disfarçada: Há uma tentativa de mascarar a relação de emprego.
É legal contratar PJ?

A contratação de PJs é legal desde que a relação respeite a autonomia e independência do prestador de serviços. Contudo, quando a relação de trabalho apresenta características de vínculo empregatício, a pejotização pode ser considerada uma fraude.

Recomendações legais:

  1. Formalização adequada: Garantir que os contratos de prestação de serviços estejam bem formalizados e que a relação de trabalho não configure subordinação direta.
  2. Consultoria jurídica: Buscar orientação de advogados especializados para evitar práticas que possam ser interpretadas como pejotização.
A Importância do Advogado em Questões de Pejotização

A presença de um advogado especializado é crucial em situações de pejotização. Esse profissional pode fornecer orientação jurídica para empresas e trabalhadores, ajudando a evitar práticas ilegais e a proteger os direitos trabalhistas.

O advogado analisa contratos, identifica sinais de pejotização e orienta sobre a melhor forma de formalizar as relações de trabalho. Em casos de litígio, ele representa o trabalhador ou a empresa na Justiça do Trabalho, buscando o reconhecimento de direitos ou a defesa contra acusações de fraude trabalhista.

Além disso, um advogado pode auxiliar na elaboração de políticas de compliance e boas práticas para prevenir a pejotização e garantir que a empresa esteja em conformidade com a legislação vigente.

A pejotização é um tema complexo e de grande relevância no atual cenário trabalhista brasileiro. Compreender suas implicações, os riscos envolvidos e as diferenças em relação à terceirização é fundamental para empresas e trabalhadores. Se você enfrenta questões relacionadas à pejotização, Entre em contato com os advogados especializados está pronta para oferecer a melhor orientação e suporte jurídico.

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