ACONTECEU NA JUSTIÇA
Aconteceu na justiça: Câmera de Monitoramento Caso Julgado pelo TJ-SC sobre Instalação Indevida
Aconteceu na Justiça: Câmera de Monitoramento e Violação de Privacidade gera indenização
A 7ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) determinou a remoção de câmeras de monitoramento instaladas por vizinhos que estavam voltadas diretamente para o quarto de um morador. Além da violação da privacidade, os responsáveis foram condenados ao pagamento de indenização por danos morais.
O caso ocorreu no município de Itajaí e envolveu uma disputa pela posse de um imóvel. O autor da ação alegou que os réus, filhos de sua falecida companheira, instalaram as câmeras com o objetivo de forçá-lo a deixar a residência. Além disso, os mesmos teriam invadido o imóvel em duas ocasiões, caracterizando atos de perturbação e esbulho possessório.
Os réus justificaram a instalação das câmeras alegando que o imóvel possuía duas quitinetes alugadas e que os valores dos aluguéis deveriam ser divididos entre os herdeiros. Como não obtiveram êxito na primeira instância, recorreram ao TJ-SC.
O relator do caso reforçou que a ocupação legítima de um imóvel garante ao morador o direito de permanecer nele e que qualquer tentativa de remoção forçada pode ser contestada judicialmente. O artigo 1.210 do Código Civil embasou a decisão, que destacou a importância da privacidade e da inviolabilidade do domicílio como direitos fundamentais.
Quais Ações Podem Ser Multadas Através de Câmeras de Monitoramento?
O uso de câmeras de monitoramento é uma prática comum para garantir segurança, mas sua instalação deve obedecer a regras para evitar violações de privacidade. A captação de imagens de áreas privadas, como quartos e banheiros de terceiros, pode configurar crime e gerar penalidades civis e criminais. Além disso, a gravação sem autorização de funcionários no ambiente de trabalho também pode resultar em indenizações e sanções trabalhistas. A exposição indevida de imagens sem consentimento, seja em redes sociais ou em meios públicos, também pode ser passível de punição.
Precisa de Autorização Para Instalar Câmeras de Segurança?
A instalação de câmeras de segurança deve respeitar normas legais. Em áreas privadas, como residências e condomínios, não há impedimentos para a instalação, desde que a gravação não viole a privacidade de terceiros. Para monitoramento de vias públicas, empresas ou espaços de uso coletivo, é necessário seguir diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e garantir que as imagens não sejam usadas de forma indevida. Em condomínios, a instalação em áreas comuns deve ser autorizada por decisão dos condôminos, geralmente por meio de assembleia.
Quanto Custa Instalar uma Câmera de Monitoramento?
O custo para instalação de câmeras de segurança varia conforme a tecnologia e a infraestrutura necessária. Modelos mais simples, com gravação em cartão de memória, podem custar entre R$ 200 e R$ 500 por unidade. Já sistemas mais sofisticados, com monitoramento remoto e armazenamento em nuvem, podem ultrapassar R$ 2.000 por câmera. O valor da instalação também depende da complexidade do local e da necessidade de equipamentos adicionais, como DVRs, cabos e infraestrutura elétrica.
Quem Pode Pedir Filmagem de Câmera de Segurança?
O acesso às imagens captadas por câmeras de monitoramento deve respeitar normas legais e critérios de segurança. O proprietário do sistema tem autonomia para decidir quem pode visualizar as gravações. No entanto, em casos de investigação criminal, a autoridade policial ou o Ministério Público pode solicitar judicialmente o acesso às imagens. Em disputas judiciais, uma das partes envolvidas pode requerer a exibição das gravações como prova, desde que respeitados os princípios da privacidade e da legalidade. Empresas e condomínios devem definir políticas claras sobre o armazenamento e compartilhamento das imagens para evitar problemas legais.
O caso julgado pelo TJ-SC reforça a importância do respeito à privacidade e ao direito à posse de um imóvel. A instalação de câmeras de segurança deve seguir limites legais para evitar violações de direitos fundamentais. A decisão também evidencia que a tentativa de intimidação por meio de monitoramento abusivo pode gerar indenizações por danos morais.
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