Blog

Direito de Visitas: Entenda Como Funciona!

Descubra como funciona o direito de visitas e quais são as implicações legais.

pais de alto angulo escovar os cabelos da filha 23 2148542840
Publicado em: | Atualizado em:

Direito de Visitas: Como Funciona e Quais as Implicações Legais?

O direito de visitas é um tema de grande relevância no Direito de Família e trata das regras e orientações para o contato de pais e parentes com filhos ou menores, em situações onde o responsável pela guarda e convivência não reside com a criança. Este direito tem como objetivo preservar o vínculo afetivo entre a criança e os pais (ou outros parentes) que não convivem diretamente com ela, promovendo o bem-estar emocional e psicológico.

Neste artigo, vamos entender como o direito de visitas funciona no Brasil, seus aspectos legais e as implicações para as partes envolvidas.

O que é o Direito de Visitas?

O direito de visitas é a prerrogativa garantida a um dos pais (ou a outros parentes, como avós) de manter contato com o menor que está sob a guarda do outro genitor, quando o casal está separado. Esse direito visa assegurar a convivência familiar, que é fundamental para o desenvolvimento emocional e afetivo da criança.

Direito de Visitas 2 11zonBase Legal

No Brasil, o direito de visitas está previsto no Código Civil e é tratado como um direito e dever dos pais, uma vez que a Constituição Federal também garante a convivência familiar como um dos direitos da criança. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também reforça a importância desse vínculo e regula o exercício das visitas.

O artigo 1.589 do Código Civil brasileiro dispõe que “o pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge ou for fixado pelo juiz”.

Como Funciona o Direito de Visitas?

Após a separação dos pais, a convivência dos filhos com o genitor que não detém a guarda é organizada em um plano de visitas, que pode ser consensual, acordado entre as partes, ou imposto judicialmente, caso não haja acordo entre os pais. O plano de visitas geralmente define:

  • Dias da semana ou finais de semana para o genitor visitar a criança;
  • Feriados ou datas comemorativas (aniversários, Natal, Dia das Mães, etc.);
  • Duração das visitas;
  • Locais em que a visita ocorrerá (casa do genitor, passeios externos, etc.);
  • Outras regras específicas (como visitas supervisionadas, em casos especiais).

Direito de Visitas: Tipos de Visitação

Existem diferentes formas de direito de visitação, que variam de acordo com as necessidades do menor e a relação com o genitor:

  1. Visitas Livres: Quando há uma relação amigável entre os pais, o direito de visitas é exercido de forma mais flexível, sem necessidade de controle rígido de horários ou locais.
  2. Visitas Alternadas: O genitor tem direito de passar alguns dias ou finais de semana alternados com o menor.
  3. Visitas Supervisionadas: O juiz pode determinar que as visitas sejam supervisionadas por um profissional ou parente, quando há risco à integridade física ou emocional da criança.
  4. Visitas Virtuais: Em alguns casos, as visitas podem ser realizadas de forma virtual, especialmente em situações de distância geográfica.

Quando as visitas não ocorrem como acordado ou fixado em sentença judicial, podem haver consequências legais para o responsável pela guarda. Algumas implicações incluem:

  1. Descumprimento do Plano de Visitas: Se o genitor que detém a guarda impede ou dificulta as visitas sem justificativa, o outro genitor pode acionar a Justiça para requerer o cumprimento das visitas. A sanção pode incluir advertências e multas.
  2. Alienação Parental: Impedir ou dificultar o contato do menor com o outro genitor pode caracterizar alienação parental, uma prática proibida por lei. A Lei nº 12.318/2010, que regula a alienação parental, prevê penalidades para quem comete essa prática.
  3. Mudança de Guarda: O descumprimento contínuo e injustificado do plano de visitas pode, em casos extremos, levar à mudança da guarda da criança.
  4. Revisão do Plano de Visitas: Se houver mudanças nas circunstâncias, como mudança de cidade ou alteração na rotina dos pais ou da criança, o plano de visitas pode ser revisto judicialmente para adaptar-se à nova realidade.

O Direito de Visitas de Outros Familiares

O direito de visitas não se restringe apenas aos pais. Avós, tios e até irmãos também podem solicitar judicialmente o direito de visita, principalmente quando há uma relação forte entre o menor e os parentes. O ECA reconhece o direito à convivência familiar ampliada, garantindo que a criança possa manter laços afetivos com familiares próximos.

Direito de Visitas 11zon

Quando o Direito de Visitas Pode Ser Restrito?

Apesar de ser um direito assegurado, o direito de visitas pode ser restringido ou suspenso em situações em que o contato com o genitor possa representar riscos à saúde física ou psicológica da criança. Alguns motivos que podem justificar a restrição ou supervisão das visitas incluem:

  • Abuso ou violência doméstica;
  • Uso de substâncias ilícitas;
  • Comportamento agressivo ou desequilibrado do genitor;
  • Desinteresse do genitor em manter a convivência regular com a criança.

Nesses casos, o juiz pode determinar que as visitas ocorram em um ambiente supervisionado, como o Centro de Convivência Familiar.

O Papel do Advogado no Direito de Visitas

Diante de situações de conflito entre os pais ou problemas na realização das visitas, é essencial contar com a ajuda de um advogado especializado em Direito de Família. O advogado pode atuar em diversas frentes:

  1. Acordos Consensuais: Quando possível, o advogado busca intermediar um acordo amigável para o plano de visitas.
  2. Ações Judiciais: Caso não haja acordo, o advogado pode ingressar com uma ação para garantir o direito de visitas do genitor ou familiar.
  3. Revisão do Plano de Visitas: O advogado pode solicitar judicialmente a revisão do plano de visitas quando houver mudanças significativas na situação familiar.
  4. Defesa em Casos de Alienação Parental: Quando há indícios de alienação parental, o advogado pode adotar medidas para proteger os direitos da criança e do genitor alienado.
Direito de Visitas 1 11zon

O direito de visitas é um mecanismo essencial para manter o vínculo afetivo entre a criança e o genitor que não detém a guarda, além de familiares próximos. Ele deve ser exercido com responsabilidade e em prol do bem-estar do menor, respeitando as decisões judiciais e acordos firmados.

Página sobre “Direito de Visitas” no Brasil

1. O que é o direito de visitas?

  • É o direito/dever do genitor sem guarda de conviver com o filho menor. Base legal: art. 1.589 do CC e art. 227 da CF, reforçado pelo ECA.
  • Também inclui avós e outros parentes com ligação afetiva reconhecida judicialmente.

2. Como funciona o direito de visitas?

  • Consensual: acordado entre os pais.
  • Judicial: quando há disputa, o juiz define dias, horários, feriados, férias e entrega/retirada.

3. Tipos de visitação

  • Livres: sem controle rígido.
  • Alternadas: finais de semana, feriados ou férias alternados.
  • Supervisionadas: quando há risco à criança.
  • Virtuais: quando há distância física.

4. Tabela – Exemplo de Plano de Visitação

PeríodoTempo com o genitor não guardião
Finais de semana alternadosSexta (19h) a domingo (19h)
Feriados simplesUm feriado por ano, das 9h às 19h
Feriados prolongadosTodo o período estendido
Férias escolaresMetade do recesso escolar
Datas comemorativasAniversários e dias dos pais/mães alternados

5. Implicações Legais

  1. O guardião deve permitir e não obstruir visitas.
  2. Descumprimento pode acarretar advertência judicial, multa, alterações de guarda ou aplicar lei de alienação parental.
  3. O plano de visitas pode ser revisado se houver mudança de residência ou rotina significativa.

6. Direito de visitas por outros parentes

  • Avós, tios e irmãos podem pleitear visitação se comprovarem vínculo afetivo relevante.

7. Restrições e suspensão

  • Somente se houver risco à criança: abuso, dependência química, doença mental grave.
  • Perda da pensão não justifica negarem visitas.

8. Papel do advogado

  • Mediação de acordos amigáveis.
  • Ações para regulamentar, revisar ou exigir cumprimento da visitação.
  • Pedido de visitas supervisionadas.

FAQ – Perguntas Frequentes

  • Posso impedir as visitas por impagamento da pensão?
    Não. Pensão e visitas são direitos independentes. O pensamento jurídico protege o vínculo afetivo da criança.
  • Visitas podem ser adaptadas para bebês?
    Sim. A visitas são ajustadas à fase de amamentação e rotina do bebê.
  • Avós têm direito de visitação?
    Sim. O tribunal pode conceder se for do interesse da criança.
  • Quantas visitas o pai não guardião tem direito?
    Geralmente finais de semana alternados, feriados e metade das férias escolares, conforme acordo ou decisão judicial.
  • As visitas podem ser virtuais?
    Sim, especialmente quando houver distância entre os lares ou impedimento de deslocamento.

Este guia aborda o funcionamento e as regras sobre o direito de visitas no Brasil. Para seu caso específico, consulte um advogado especializado em Direito de Família.

Garantir que esse direito seja respeitado é fundamental para preservar o equilíbrio emocional e familiar da criança. Em caso de conflitos, é sempre recomendável buscar a orientação de um advogado especializado em Direito de Família para assegurar que os direitos de todos os envolvidos sejam protegidos.

Leia também:

Referências externas:

Se você enfrenta dificuldades com o direito de visitas ou precisa de orientação sobre como proceder em questões de guarda e convivência familiar, entre em contato conosco, nossos profissionais da área vão garantir que tudo seja resolvido da melhor forma possível.

Gostou? Avalie nosso Artigo!
DRA MARCELA NOVO

Advogada – OAB/PE 48.169

Advogada há mais de 7 anos, pós-graduação em Direito de Família e Sucessões, com destacada atuação na área. Possui especialização em prática de família e sucessões, em Gestão de Escritórios e Departamentos Jurídicos e em Controladoria Jurídica.

Atuou no Ministério Público do Estado de Pernambuco, nas áreas criminal e de família e sucessões, consolidando experiência prática e estratégica. Membro da Comissão de Direito de Família da OAB/PE (2021).
Autora de publicações acadêmicas relevantes sobre unidades familiares e direitos decorrentes de núcleos familiares ilícitos.

Atuou em mais de 789 processos, com foco em agilidade processual e qualidade, com uma expressiva taxa de êxito superior a 92,38%, especialmente em ações de alimentos, pensões, guarda e divórcio.

Atualmente, também é autora de artigos jurídicos no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito de Família e Sucessões, com foco em auxiliar famílias na resolução de conflitos e em orientar sobre direitos relacionados a alimentos, guarda, pensão e divórcio.

1 Comentário

  1. […] casos de disputas sobre a guarda dos filhos, buscar a orientação de um advogado direito de família é recomendável. Ele pode intermediar um acordo amigável ou ingressar com uma ação judicial […]

Escreva seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *