Dissolução de União Estável: Um Guia Completo para Tomar a Melhor Decisão!
A dissolução de união estável é uma etapa delicada e muitas vezes repleta de dúvidas. Decidir encerrar esse tipo de relacionamento exige conhecimento jurídico, preparo emocional e estratégia para garantir seus direitos e preservar interesses — seja na esfera patrimonial, familiar ou social. Com esse guia, você saberá exatamente o caminho a seguir.
Por que entender a dissolução de união estável pode proteger você e sua família?
A união estável é reconhecida como entidade familiar pela Constituição (art. 226) e pelo Código Civil. Quando essa relação chega ao fim, é essencial agir com planejamento para garantir direitos patrimoniais, definir guarda de filhos e evitar conflitos futuros. A dissolução pode ocorrer de forma judicial ou extrajudicial — saber qual caminho seguir faz toda a diferença.
Quais requisitos caracterizam a união estável para fins de dissolução?
Para que a união seja reconhecida e possa ser dissolvida legalmente, é preciso comprovar:
- Convivência pública, contínua e duradoura, com objetivo de constituição familiar;
- Isonomia entre os companheiros (salvo comprovada dependência econômica de um pelo outro);
- Ausência de impedimentos civis — como segunda união simultânea.
Documentos como certidões do INSS, fichas de comprovação de endereços, fotos, correspondências e testemunhas ajudam a demonstrar essa união.
Como funciona a dissolução quando há filhos menores ou incapazes?
Nesses casos, a via forçosamente judicial. O juiz analisará guarda, visitas, pensão alimentícia, partilha de bens e, se necessário, questões relativas à moradia familiar, pensão para o convivente e divisão proporcional de encargos.
7 passos essenciais para formalizar o pedido
- Contrate um advogado de confiança: O suporte profissional é fundamental para evitar erros e atrasos.
- Reúna toda documentação: Documentos pessoais, comprovantes de união (contas conjuntas, fotos, etc.) e registros de bens adquiridos na união.
- Avalie a necessidade de guarda dos filhos: Defina inicialmente a relação parental e quem ficará responsável pela guarda.
- Escolha o caminho legal apropriado: Se houver consenso e ausência de filhos menores, opte pelo extrajudicial; caso contrário, siga a via judicial.
- Defina regime de divisão de bens: Comunhão parcial é o padrão, mas pode haver ajuste contratual prévio.
- Estruture um acordo sólido: Inclua cláusulas sobre divisão de bens, pensão, guarda, visitas, uso da casa, etc.
- Formalize e registre: No cartório (extrajudicial) ou apresente a petição judicial para homologação.
Quando escolher a via extrajudicial de dissolução?
A via extrajudicial é ideal para casais sem filhos menores ou incapazes, em que haja consenso e todos os documentos estejam em ordem. A homologação ocorre rapidamente por escritura pública em cartório, com menor custo e sigilo, sem expor questões privadas ao Judiciário.
Exemplos de provas aceitas em diferentes contextos
| Cenário | Exemplos de provas |
|---|---|
| Existência da união estável | Contas bancárias conjuntas, declaração do IR conjunta, fotos públicas, testemunhas (familiares, amigos), planos de saúde com ambos incluídos. |
| Partilha de bens | Escritura de imóvel, contrato de compra e venda, extratos bancários em conjunto. |
| Guarda e convivência com filhos | Histórico escolar, atestados médicos, comprovantes de matrícula, horários de atividades, provas de moradia alternada. |
| Fixação de pensão alimentícia | Comprovantes de renda, despesas médicas, escolares, extratos bancários, notas fiscais. |
| Danos morais ou patrimoniais | Laudo psicológico, relatos documentais, testemunhas, documentos que comprovem agressões materiais ou morais. |
Qual a diferença entre dissolução extrajudicial e judicial?
Extrajudicial: Feita em cartório com escritura pública, válida para casos consensuais e sem filhos menores. Custa menos e é rápida.
Judicial: Necessária quando há litígio, filhos menores ou incapazes, ou ausência de consenso. Pode demorar, mas é ampla e possui tutela estatal.
E se não houver consenso entre os parceiros?
Quando um dos companheiros não concorda com a dissolução, a saída é o processo judicial. Nesse caso, o juiz decidirá sobre questões patrimoniais, guarda, pensão, indenizações, entre outros, com base nas provas apresentadas.
Perguntas frequentes (FAQ)
1. A dissolução extrajudicial exige advogado?
Sim, a lei exige representação por advogado para validá-la e garantir segurança jurídica ao processo.
2. Posso pedir dissolução mesmo sem filhos?
Sim. Se não houver filhos menores ou incapazes, o divórcio pode ser feito diretamente em cartório, com acordo e auxílio de advogados.
3. Quanto tempo demora um processo judicial?
Em média, entre 6 a 12 meses. Casos complexos podem levar mais tempo, mas medidas como mediação podem agilizar.
4. E se só um dos companheiros quiser a dissolução?
É possível. O advogado ingressa com a ação de dissolução unilateral, cabendo ao juiz avaliar provas e declarar o término.
5. Qual é o custo aproximado da dissolução?
O valor varia conforme o tipo de processo (judicial ou extrajudicial), complexidade patrimonial e honorários advocatícios. Advogados podem fornecer um orçamento detalhado.
6. Como fica a divisão de bens sem contrato?
Aplica-se a comunhão parcial: bens adquiridos durante a união são divididos equally; bens anteriores permanecem do titular.
Aspectos jurídicos da pensão alimentícia e guarda
Após a dissolução, os direitos das crianças e do companheiro em estado de dependência devem ser preservados. A pensão é calculada com base nas necessidades do beneficiário e na capacidade do provedor — exigida não só para os filhos, mas também para o ex-companheiro que comprove incapacidade financeira.
As definições de guarda e visitas visam preservar o desenvolvimento emocional dos filhos. Quando existe consenso, a guarda compartilhada é incentivada. Em situações de conflito, a via judicial define a modalidade mais adequada.
Como a mediação pode ajudar na dissolução de união estável?
A mediação facilita o diálogo sob condução de um mediador imparcial. É uma alternativa eficaz para diminuir conflitos emocionais, reduz custos e estruturá-la de forma equilibrada antes da formalização final, seja judicial ou extrajudicial.
Importância de assessoria jurídica nas fases de dissolução
O advogado especializado:
- Faz análise estratégica do caso;
- Define a melhor via (judicial ou extrajudicial);
- Formaliza contratos claros e juridicamente seguros;
- Representa e defende seus interesses durante todo o processo;
- Prevê soluções para riscos futuros, como execuções, revisões ou descumprimentos.
O que muda após a dissolução: ajustes práticos e legais
Após a dissolução, alguns ajustes são necessários:
- Atualização de estado civil em documentos;
- Transferência de bens para novo titular, se for o caso;
- Redefinição de planos de saúde e previdência, caso haja dependências;
- Revisão de regimes, como pensão alimentar ou convivência.
Esses cuidados evitam problemas futuros e garantem que todas as obrigações sejam cumpridas corretamente.
Como evitar complicações futuras com acordos mal redigidos?
Cláusulas mal redigidas podem acarretar disputas judiciais por descumprimento ou interpretação dúbia. A participação de advogado garante segurança jurídica e diminuição de riscos legais, mesmo em casos aparentemente simples.
Leia mais:
- Morar Junto: Quais os Direitos? – Entenda os direitos legais dos casais que vivem juntos sem formalizar o casamento.
- Guarda Unilateral: O que é e quando é aplicada? – Saiba em quais situações a guarda unilateral é determinada pela justiça.
- Pensão Socioafetiva: O que é e como funciona? – Descubra como o vínculo afetivo pode gerar a obrigação de pagar pensão.
- Abandono de Incapaz: Entenda as Consequências Legais – Veja o que diz a lei sobre abandono de incapaz e as penalidades envolvidas.
- União Estável: Direitos, deveres e como formalizar – Conheça os principais direitos garantidos em uniões estáveis.
Referências:
- Código Civil Brasileiro – Lei nº 10.406/2002 – Disposições sobre Direito de Família, incluindo união estável e dissolução.
- Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/1990 – Normas sobre guarda, alimentos e proteção de menores.
- CNJ – Conselho Nacional de Justiça – Diretrizes nacionais para questões de família.
- STJ – Superior Tribunal de Justiça – Jurisprudências recentes sobre Direito de Família.
- Tribunal de Justiça de São Paulo – TJSP – Casos e decisões relevantes em Direito de Família.
📞 Precisa de orientação jurídica sobre o tema? Fale com um advogado especializado em Direito de Família agora mesmo.
Por que contar com a Reis Advocacia?
Seja extrajudicial ou judicial, a dissolução de união estável exige conhecimento, paciência e estratégia. A Reis Advocacia oferece assessoria completa:
- Orientação técnica e personalizada conforme sua situação;
- Redação de contratos e petições de forma clara e segura;
- Acompanhamento jurídico até a homologação final;
- Atuação preventiva para evitar revisões e litígios posteriores;
- Suporte emocional e técnico para lidar com a transição de forma humanizada.
Evite erros que podem custar tempo, dinheiro e bem-estar. Entre em contato com a Reis Advocacia agora mesmo para esclarecer suas dúvidas e agendar uma consulta especializada.
Dr. Tiago Oliveira Reis – OAB/PE 34.925, OAB/SP 532058, OAB/RN 22.557
Advogada – OAB/PE 48.169
Advogada há mais de 7 anos, pós-graduação em Direito de Família e Sucessões, com destacada atuação na área. Possui especialização em prática de família e sucessões, em Gestão de Escritórios e Departamentos Jurídicos e em Controladoria Jurídica.
Atuou no Ministério Público do Estado de Pernambuco, nas áreas criminal e de família e sucessões, consolidando experiência prática e estratégica. Membro da Comissão de Direito de Família da OAB/PE (2021).
Autora de publicações acadêmicas relevantes sobre unidades familiares e direitos decorrentes de núcleos familiares ilícitos.
Atuou em mais de 789 processos, com foco em agilidade processual e qualidade, com uma expressiva taxa de êxito superior a 92,38%, especialmente em ações de alimentos, pensões, guarda e divórcio.
Atualmente, também é autora de artigos jurídicos no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito de Família e Sucessões, com foco em auxiliar famílias na resolução de conflitos e em orientar sobre direitos relacionados a alimentos, guarda, pensão e divórcio.


