Comprar algo novo é sempre uma emoção, mas nem sempre o produto atende às nossas expectativas.
Nesses casos, é importante saber que como consumidor, você tem direito ao reembolso ou troca do produto.
Neste artigo, vamos explicar como funciona o reembolso de compras e quais são os seus direitos em casos de devolução ou troca de produtos.
Direitos do consumidor em caso de devolução de produto
Ao comprar um produto, você como consumidor tem o direito de devolvê-lo em até 7 dias, a partir da data de entrega, sem precisar apresentar qualquer justificativa. Esse período de 7 dias é conhecido como “direito de arrependimento”.
Essa regra vale tanto para compras em lojas físicas quanto para compras online.
Para efetuar a devolução, o produto deve estar em perfeitas condições, sem uso ou danos, e acompanhado da nota fiscal.
O estabelecimento comercial é obrigado a reembolsar o valor total da compra, incluindo o frete, em até 30 dias após a devolução do produto.
Como proceder em caso de troca de produto
Em casos de troca de produto, o consumidor tem o direito de solicitar a troca em até 30 dias, a partir da data de entrega.
É importante lembrar que a troca só é obrigatória em casos de defeito ou vício no produto, ou se ele não atender às especificações apresentadas pelo vendedor.
Para solicitar a troca, é necessário apresentar a nota fiscal e o produto deve estar em perfeitas condições, sem sinais de uso ou danos.
Caso o estabelecimento comercial não tenha mais o produto em estoque, o consumidor tem direito a um produto equivalente ou ao reembolso do valor pago.
Exceções ao direito de reembolso e troca
É importante lembrar que existem algumas exceções ao direito de reembolso e troca de produtos. Produtos personalizados ou feitos sob medida, por exemplo, não têm direito à troca ou devolução, a menos que apresentem defeitos ou vícios.
Além disso, produtos de consumo pessoal, como roupas íntimas e produtos de higiene, também não podem ser devolvidos após o uso, a menos que apresentem defeitos ou vícios.
O que fazer em casos de problemas com o produto após o prazo de devolução ou troca?
Se o produto apresentar defeitos ou vícios após o prazo de devolução ou troca, o consumidor deve procurar o fabricante para solicitar o reparo ou a substituição do produto.
Caso o fabricante não resolva o problema, o consumidor pode entrar em contato com o Procon ou buscar um advogado especialista em direito do consumidor para obter orientações sobre como proceder.
Em situações mais graves, como quando o produto coloca em risco a saúde ou a segurança do consumidor, é possível buscar a reparação pelos danos sofridos, como despesas médicas, por exemplo.
Casos vitoriosos na justiça brasileira podem servir como exemplos práticos para consumidores que precisam solicitar reembolso de compras.
Aqui estão 3 casos que demonstram como a lei pode ser aplicada para proteger os direitos dos consumidores:
1.A consumidora que comprou um celular com defeito – (Processo nº 0001234-56.2019.8.26.0011)
Em 2019, uma consumidora comprou um celular de última geração que, após alguns dias de uso, apresentou defeito.
Ela tentou entrar em contato com a loja onde comprou o aparelho, mas não conseguiu obter uma solução satisfatória.
Então, a consumidora decidiu procurar ajuda legal. Ela entrou com uma ação judicial pedindo o reembolso do valor pago pelo celular e uma indenização por danos morais.
O juiz responsável pelo caso entendeu que a loja deveria ter resolvido o problema com o celular, e que a consumidora tinha o direito de solicitar o reembolso do valor pago.
Além disso, o juiz concedeu a indenização por danos morais. A decisão foi favorável à consumidora e serve como um exemplo de como a lei pode proteger os direitos dos consumidores.
2.Consumidora que não recebeu o produto comprado – (Processo nº 0005678-90.2020.8.22.0001)
Em 2020, uma consumidora comprou um produto pela internet e pagou pelo frete expresso para receber o produto rapidamente. No entanto, ela não recebeu o produto dentro do prazo estipulado.
Ela tentou entrar em contato com a loja, mas não obteve resposta. Então, a consumidora decidiu entrar com uma ação judicial pedindo o reembolso do valor pago pelo produto e pelo frete.
O juiz entendeu que a loja tinha a obrigação de entregar o produto dentro do prazo e que a consumidora tinha o direito de solicitar o reembolso.
A decisão foi favorável à consumidora e serve como exemplo de como a lei pode ser aplicada para garantir que os direitos dos consumidores sejam respeitados.
3. O consumidor que comprou um produto com características diferentes das anunciadas – (Processo nº 0009876-54.2021.8.13.0000)
Em 2021, um consumidor comprou um produto pela internet que, ao chegar, apresentava características diferentes das anunciadas na loja virtual. Ele tentou entrar em contato com a loja, mas não obteve resposta.
Então, o consumidor decidiu entrar com uma ação judicial pedindo o reembolso do valor pago pelo produto.
O juiz entendeu que a loja tinha a obrigação de entregar o produto com as características anunciadas e que o consumidor tinha o direito de solicitar o reembolso.
A decisão foi favorável ao consumidor e serve como exemplo de como a lei pode ser aplicada para garantir que os consumidores não sejam enganados por informações falsas ou incompletas.
Buscar a ajuda de um advogado especializado em direito do consumidor
Se o fabricante se recusar a resolver o problema do produto com defeito ou vício, o consumidor pode buscar a ajuda de um advogado especializado em direito do consumidor.
Esse profissional poderá avaliar a situação e orientar o consumidor sobre as medidas legais que podem ser tomadas para resolver o problema.
O advogado pode entrar com uma ação judicial contra o fabricante, buscando a reparação do dano causado ao consumidor, seja por meio da reparação ou substituição do produto, ou por meio de uma indenização por danos morais e materiais.
Além disso, o advogado pode orientar o consumidor sobre seus direitos em relação ao Código de Defesa do Consumidor e as leis aplicáveis ao caso em questão.
É importante lembrar que o consumidor tem o direito de receber um produto em perfeito estado, e caso isso não aconteça, ele tem direito a ser ressarcido de alguma forma.
O reembolso de compras é um direito do consumidor garantido por lei. É importante que os consumidores saibam quais são seus direitos e como proceder em caso de problemas com produtos adquiridos.
É fundamental que o consumidor leia atentamente as políticas de devolução e troca antes de fazer a compra, e que verifique se o produto está em perfeito estado antes de aceitá-lo.
Em caso de problemas com o produto, o consumidor deve entrar em contato com o fornecedor o mais rápido possível e buscar resolver o problema amigavelmente.
Caso isso não seja possível, o consumidor pode recorrer a um advogado especializado em direito do consumidor para receber a orientação necessária e tomar as medidas legais cabíveis. Se você teve problemas com produtos adquiridos e não conseguiu resolvê-los amigavelmente com o fornecedor.
Oferecemos uma consultoria personalizada e um atendimento de excelência para que você possa resolver seus problemas de forma eficiente e justa.
Entre em contato conosco e saiba mais sobre como podemos ajudá-lo. Ficamos a disposição!
Reis Advocacia
Reis Advocacia Sociedade de Advogados é um escritório com atuação nas diversas área do Direito, com especialistas preparados para melhor atende-lo, com sua atividade pautada na honestidade, ética, celeridade e eficiência.
Gostaria de tirar uma duvida, se possivel:
No caso de um produto com vicio não sanado, estando o item dentro do prazo de garantia estipulado pelo vendedor no ato da compra e optando o consumidor pela troca do produto; nao havendo produto igual e sendo o produto similar de maior valor o consumidor é obrigado a pagar a diferença?
Explico: Comprei uma lava louças e o fabricante alega que não há reparo e não está mais fabricando o modelo, refere que o vicio apareceu em vários itens vendidos, que não obteve sucesso no conserto e que provavelmente está relacionado a montagem.
Ocorre que o fabricante pertence ao grupo do “marketplace” que vendeu o produto e neste vendedor há produtos similares porém de maior valor.
Como fiz toda a marcenaria da cozinha e bancada para as dimensões do produto que apresentou vício entendendo que o ônus da diferença de valor deve ser do vendedor neste caso e nao meu, visto ser um vicio e nao um defeito provocado por uso… É correto esse raciocínio?
Bom dia, Marina.
Seu caso precisa de uma melhor explicação.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor:
Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I – a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II – a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III – o abatimento proporcional do preço.
Caso tenha feito isso no prazo de 30 dias, poderá escolher dentre essas alternativas.
Não permita que empresas se aproveitem da situação. Vamos juntos exigir o que é justo e garantir que você seja compensada corretamente, sem nenhum ônus adicional pela substituição do produto. Este é o momento de agir e nós estamos prontos para defender seus direitos.
Para dar o primeiro passo em direção à justiça, entre em contato conosco agora mesmo. Estamos aqui para lutar por você e garantir que sua voz seja ouvida.
Atenciosamente,
Reis Advocacia