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Depressão e Ansiedade: Saiba Quais São Seus Direitos e Como Garantir Benefícios no INSS

Depressão e ansiedade são transtornos que afetam milhões de brasileiros, e em quadros graves ou crônicos, podem comprometer a capacidade de trabalhar. Neste artigo da Reis Advocacia, você descobrirá por que essas condições podem gerar direito a benefícios como auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, quais foram os requisitos médicos e os passos para garantir proteção financeira e amparo previdenciário.

Por que a depressão e a ansiedade podem gerar direito a benefícios previdenciários como auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez?

Embora muitas vezes subestimados, a depressão e a ansiedade podem ser altamente incapacitantes. Quando o quadro evolui a ponto de prejudicar a concentração, a tomada de decisão, as interações sociais ou o desempenho profissional, o indivíduo pode perder o vínculo efetivo com o trabalho – justificando a concessão de auxílio-doença ou até mesmo aposentadoria por invalidez.

Esses benefícios são amparados pela legislação — auxílio-doença para incapacidade temporária e aposentadoria por invalidez quando a condição é permanente ou recorrente sem perspectivas de melhora.

Quando a depressão ou a ansiedade se tornam incapacitantes a ponto de justificar o afastamento do trabalho?

Para que o transtorno seja considerado incapacitante, ele deve:

  • Limitar funções cognitivas e emocionais essenciais para o trabalho;
  • Persistir mesmo com medicação, terapia e acompanhamento;
  • Estar associado a sintomas graves, como insônia crônica, perda de apetite, isolamento social e risco real de suicídio.

É importante que o paciente mantenha documentações detalhadas, relatórios de psicoterapia e níveis de funcionamento diário — tudo isso ajuda a comprovar a intensidade do problema à perícia médica.

Quais documentos médicos e provas são exigidos para solicitar auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez no INSS?

A qualidade da documentação é determinante. Garanta:

  • Laudo médico psicológico ou psiquiátrico atualizado com CID específico;
  • Histórico de tratamento com datas, medicações, cartas de terapeutas;
  • Exames complementares (escalas: PHQ‑9, HAM-D, avaliações neuropsicológicas);
  • Declarações laborais que demonstrem queda no rendimento ou afastamento do trabalho.

Quanto mais completa a documentação, maiores suas chances de reconhecimento do direito.

O que fazer se o INSS negar o benefício por depressão ou ansiedade mesmo com laudos médicos?

Uma negativa não é o fim. Você pode:

  • Recorrer administrativamente no INSS em até 30 dias;
  • Reunir novos relatórios e exames que evidenciem a continuidade da incapacidade;
  • Ingressar na Justiça com apoio jurídico — o juiz marcará nova perícia, podendo reconhecer o benefício e inclusive danos morais, identificação de prazo para retroativos e antecipação provisória.

Quais são os três requisitos fundamentais para conseguir a aposentadoria por invalidez por motivo de depressão ou ansiedade?

  1. Laudos e atestados que indiquem incapacidade permanente e ausência de melhora;
  2. Histórico ininterrupto de tratamento e evidência dos prejuízos sociais e profissionais;
  3. Carência de 12 meses de contribuição (salvo casos de gravidade súbita).

Como funciona o passo a passo para solicitar o auxílio-doença junto ao INSS?

Siga este caminho:

  1. Agende a perícia pelo Meu INSS;
  2. Separe toda documentação médica atualizada;
  3. Compareça na data agendada com os comprovantes;
  4. Acompanhe o resultado — pode ser deferido ou negado;
  5. Se indeferido, recorra administrativamente ou judicialmente.

Qual o valor médio dos benefícios por incapacidade e como eles são calculados pelo INSS?

BenefícioBase de cálculoEstimativa
Auxílio-doença91% da média das contribuiçõesR$ 1.200 – R$ 3.000
Aposentadoria por invalidezMédia das 80% maiores contribuiçõesR$ 2.000 – R$ 4.500
BPC/LOASSalário-mínimoR$ 1.302

Que tipos de depressão e transtornos de ansiedade costumam ter maior aceitação nos pedidos de benefícios?

Casos com maior êxito envolvem:

  • Depressão maior com risco de suicídio;
  • Transtorno depressivo resistente;
  • Ansiedade generalizada grave;
  • Transtornos de pânico com crises frequentes e incapacitantes.
O que esperar da perícia médica do INSS em casos de transtornos psiquiátricos?

O perito irá avaliar:

  • Todos os laudos e documentos apresentados;
  • O relato detalhado do segurado sobre como a doença impede o trabalho;
  • Testes complementares ou interpessoais, se necessários;
  • Se confirmado o quadro incapacitante, o benefício será deferido — caso contrário, o segurado tem direito a recorrer.
Quais são os direitos do segurado ao ter o benefício negado? Como funciona o recurso administrativo e judicial?

Após negativa, o segurado pode:

  • Entrar com recurso administrativo no próprio INSS;
  • Se houver nova negativa, protocolar ação judicial solicitando reanálise;
  • Solicitar perícia judicial, antecipação provisória e eventual indenização por demora ou indeferimento manifestamente injusto.
A ansiedade severa, com crises de pânico, pode garantir concessão de benefícios previdenciários?

Sim. Surtos frequentes de pânico, incapacidade de manter compromissos e fraturas na rotina funcional podem embasar pedido de auxílio ou aposentadoria, se comprovados corretamente.

É possível realizar todo o processo de recurso e perícia sem precisar comparecer presencialmente ao INSS?

Sim. O Meu INSS permite agendamento e protocolos online, assim como recursos administrativos. Já as perícias judiciais podem ocorrer por laudo ou vídeo-perícia — especialmente em tempos de pandemia.

Como a atuação de um advogado previdenciário especializado pode aumentar as chances de aprovação do benefício?

O advogado previdenciário:

  • Orientará na organização das provas médicas;
  • Preparará recursos fundamentados e embasados juridicamente;
  • Requererá perícia judicial quando necessário;
  • Podem antecipar benefícios através de liminares;
  • Gerenciarão prazos e garantirão recebimento de valores retroativos.
Quais são os prazos legais para recurso e quais estratégias podem agilizar a análise do INSS?

Você tem até 30 dias para recurso administrativo. Estratégias incluem:

  • Entregar laudos complementares;
  • Protocolo imediato após a perícia;
  • Se for atuar judicialmente, pleitear tutela antecipada.

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Referências:

Se você está enfrentando depressão ou ansiedade severa e precisa de apoio para solicitar auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, conte com o suporte qualificado da Reis Advocacia. Nossa equipe está pronta para orientar, reunir provas, recorrer e garantir seus direitos. Fale conosco hoje mesmo!

O segurado pode receber retroativos desde a data do pedido, mesmo após um longo tempo de espera?

Sim. Caso o benefício seja concedido, os valores retroagem à data de entrada do requerimento ou da incapacidade comprovada, garantindo pagamento de atrasados.

Conclusão: por que a documentação médica sólida e o apoio jurídico são fundamentais para garantir direitos previdenciários em casos de depressão e ansiedade?

Depressão e ansiedade podem acarretar graves limitações — afligindo o emocional, funcional e social. Quando a incapacidade atinge níveis que comprometem o trabalho, é essencial documentar tudo e buscar amparo jurídico. A combinação de laudos bem elaborados, provas consistentes e o suporte de um advogado previdenciário aumenta exponencialmente as chances de obter o auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, além de garantir valores retroativos e justiça do ponto de vista legal.

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Dr. Tiago Oliveira Reis, OAB/PE 34.925, OAB/SP 532058, OAB/RN 22.557

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Dr tiago Reis

Dr. Tiago O. Reis, OAB/PE 34.925, OAB/SP 532.058, OAB/RN 22.557

Advogado há mais de 12 anos e sócio-fundador da Reis Advocacia. Pós-graduado em Direito Constitucional (2013) e Direito Processual (2017), com MBA em Gestão Empresarial e Financeira (2022). Ex-servidor público, fez a escolha consciente de deixar a carreira estatal para se dedicar integralmente à advocacia.

Com ampla experiência prática jurídica, atuou diretamente em mais de 5.242 processos, consolidando expertise em diversas áreas do Direito e oferecendo soluções jurídicas eficazes e personalizadas.

Atualmente, também atua como Autor de Artigos e Editor-Chefe no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados, orientações práticas e informações confiáveis para auxiliar quem busca justiça e segurança na defesa de seus direitos.

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