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Autônomo: Como se Formalizar da Forma Correta?

Descubra tudo o que você precisa saber sobre ser autônomo, incluindo como pagar o INSS, formas de comprovar renda e os passos para obter um CNPJ.

Autônomo: Entendendo o Regime de Trabalho Independente

O trabalho autônomo, também conhecido como trabalho independente, é uma modalidade de prestação de serviços na qual o profissional exerce sua atividade de forma independente, sem vínculo empregatício com uma empresa. Neste artigo, vamos explorar o que significa ser autônomo, como pagar o INSS, maneiras de comprovar renda e o processo para obter um CNPJ nessa condição.

O que é Autônomo?

Ser autônomo significa trabalhar por conta própria, sem estar subordinado a um empregador. O profissional autônomo tem liberdade para definir seus horários, precificar seus serviços e escolher seus clientes, sendo responsável por todas as etapas do trabalho, desde a captação de clientes até a entrega do serviço ou produto.

Como Pagar o INSS sendo Autônomo?

Para garantir acesso aos benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade, o autônomo deve contribuir para o INSS por conta própria.

Isso pode ser feito por meio do recolhimento mensal de uma alíquota sobre o valor da sua remuneração. O valor da contribuição varia de acordo com a faixa de renda e deve ser pago até o dia 15 do mês seguinte ao de competência.

Como Comprovar Renda Sendo Autônomo?

Comprovar renda como autônomo pode ser um desafio, já que não há um contracheque ou holerite que demonstre o valor recebido regularmente.

No entanto, existem algumas formas de comprovação aceitas pelos bancos e instituições financeiras, como a declaração de imposto de renda, extratos bancários, contrato de prestação de serviços, recibos de pagamento e declaração de rendimentos assinada pelo profissional.

Como Fazer CNPJ para Autônomo?

Para formalizar sua atividade como autônomo e obter um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), é necessário abrir uma empresa individual, conhecida como MEI (Microempreendedor Individual) ou EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada).

O MEI é mais indicado para profissionais que faturam até R$ 81.000,00 por ano, enquanto a EIRELI é mais adequada para aqueles que desejam ter um capital social maior e não se enquadram nos limites do MEI. O processo de abertura varia de acordo com a modalidade escolhida e pode ser feito de forma online, por meio do Portal do Empreendedor ou da Junta Comercial do estado.

Ser um Microempreendedor Individual (MEI) oferece diversas vantagens e simplificações para quem deseja formalizar seu negócio. Vamos explorar algumas delas:

  1. Ter um CNPJ: Ao se tornar um MEI, você obtém um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), o que confere legitimidade à sua empresa e facilita transações comerciais.
  2. Isenção de taxas para registro do MEI: A formalização como MEI não requer pagamento de taxas para registro, tornando o processo mais acessível.
  3. Pagamento de tributos com valores fixos mensais: O MEI paga tributos em valores fixos mensais, incluindo contribuições para o INSS, ICMS e/ou ISS. Essa simplicidade facilita o controle financeiro.
  4. Início imediato das atividades: Não é necessário obter alvará ou licença prévia para começar a operar como MEI. Isso agiliza o processo de abertura do negócio.
  5. Emissão de notas fiscais: Como MEI, você pode emitir notas fiscais para seus clientes, o que é fundamental para a formalização e para a transparência nas transações comerciais.
  6. Maior poder de negociação com fornecedores: Ao atuar como pessoa jurídica, você tem mais peso nas negociações com fornecedores, podendo obter descontos e melhores condições.
  7. Acesso a serviços financeiros: Ser MEI facilita a abertura de conta bancária jurídica, a obtenção de máquina de cartão e o acesso a crédito para investir no seu negócio.
  8. Venda e prestação de serviços para outras empresas e para o governo: Como MEI, você pode atender tanto clientes individuais quanto empresas e órgãos governamentais.

Ser autônomo oferece liberdade e flexibilidade, mas também traz responsabilidades, como o pagamento do INSS e a necessidade de comprovar renda.

A obtenção de um CNPJ pode trazer vantagens, como acesso a linhas de crédito e emissão de notas fiscais, além de conferir maior profissionalismo ao negócio. Ao compreender esses aspectos e seguir os procedimentos adequados, o profissional autônomo pode garantir segurança previdenciária e sucesso em sua jornada empreendedora.

Benefícios Previdenciários que Serão Cancelados:
  • Aposentadoria por invalidez: Após a formalização como MEI, você não terá mais direito a esse benefício.
  • Auxílio-doença ou salário maternidade: Esses benefícios também serão cancelados.
Benefícios Assistencialistas que Podem Ser Cancelados:
  • Seguro desemprego: Caso você seja MEI, não poderá mais receber o seguro desemprego.
  • BPC-LOAS: O Benefício de Prestação Continuada (BPC) também não será mais concedido após a formalização como MEI.
  • Prouni e FIES: Se você é beneficiário do Programa Universidade para Todos (Prouni) ou do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), esses benefícios podem ser afetados.
Benefícios que NÃO Serão Cancelados após a Formalização como MEI:
  • Aposentadoria especial: Você ainda poderá se aposentar por insalubridade, idade ou tempo de contribuição.
  • Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS): Esse direito permanece mesmo após se tornar um MEI.
  • Programa de integração social (PIS): O PIS também não será afetado.
  • Pensão por falecimento do cônjuge/filho e dos pais: Esses benefícios continuam válidos.
  • Pensão recebida por tutor de menor de idade, por morte do responsável: A formalização como MEI não impacta esse benefício.
Quais Ocupações Podem Ser MEI?

Para saber se você pode se tornar um MEI, verifique os seguintes requisitos:

  1. Exercer atividades que estejam na lista de ocupações permitidas para o MEI.
  2. Contratar, no máximo, um empregado que receba o piso da categoria ou um salário mínimo.
  3. Não ser titular, sócio ou administrador de outra empresa.
  4. Não ter ou abrir filial de outra empresa.
  5. Ter um faturamento anual de até R$ 81.000,00* ou até R$ 251.600,00* para o transportador autônomo de cargas que tenha como ocupação profissional exclusiva o transporte rodoviário de cargas, de acordo com a tabela B, Anexo XI da Resolução CGSN nº 140/2018.

Se você é autônomo e deseja obter mais orientações sobre como pagar o INSS, comprovar sua renda ou abrir um CNPJ, entre em contato conosco hoje mesmo.

Nossa equipe especializada está pronta para ajudá-lo a navegar pelos desafios e oportunidades do trabalho independente. Agende uma consulta e dê o próximo passo em direção ao seu sucesso profissional!

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