Doutor Tiago Oliveira Reis
Advogado e Sócio Fundador
Publicado em: 23/05/2025
O banco de horas é uma ferramenta prevista na CLT que permite maior flexibilidade na jornada de trabalho e pode gerar redução de custos para empresas. Neste guia, você vai entender como funciona o banco de horas, quais as formas legais de implementá-lo e os cuidados necessários para evitar riscos trabalhistas. Acompanhe os principais pontos:
- O que é banco de horas;
- Como formalizar o acordo;
- Requisitos legais;
- Benefícios para empresa e colaborador;
- Melhores práticas para implantação.
Banco de horas: O que é e como funciona?
O banco de horas é uma “conta de tempo” do colaborador. Quando ele faz horas extras, acumula saldo positivo; quando se ausenta ou reduz a carga horária, registra saldo negativo. De acordo com o art. 59, §2º da CLT, é possível compensar essas horas dentro de um prazo estabelecido em acordo, evitando o pagamento em dinheiro.
Banco de horas: como deve ser formalizado
O banco de horas deve ser registrado por meio de Acordo individual por escrito entre empresa e colaborador; Ou por acordo coletivo com o sindicato da categoria. A falta de formalização compromete a validade do banco de horas e pode gerar condenação judicial com pagamento de todas as horas como extras.
Para implantar o banco de horas de forma legal, a empresa deve observar as seguintes formas:
- Acordo individual escrito: validade de até 6 meses;
- Acordo individual com previsão em convenção coletiva: validade de até 1 ano;
- Acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Além disso, é obrigatório manter o controle da jornada de forma precisa e segura.
Banco de horas: como deve ser formalizado
O banco de horas deve ser registrado por meio de:
- Acordo individual por escrito entre empresa e colaborador;
- Ou por acordo coletivo com o sindicato da categoria.
A falta de formalização compromete a validade do banco de horas e pode gerar condenação judicial com pagamento de todas as horas como extras.
A implantação do banco de horas traz diversas vantagens: Redução de custos com horas extras; Flexibilidade para lidar com sazonalidades; Otimização da produtividade; Menor risco de passivo trabalhista.
Banco de horas: vantagens para o colaborador
Para o trabalhador, o banco de horas permite:
- Planejamento de folgas;
- Compensação de horas em datas importantes;
- Flexibilidade para treinamentos ou emergências pessoais;
- Equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Banco de horas: melhores práticas para implantar
Recomenda-se:
- Criar uma política interna clara com regras e prazos;
- Capacitar RH e gestores sobre o controle de horas;
- Usar sistemas eletrônicos confiáveis;
- Realizar auditorias para evitar acúmulor excessivo de horas.
Banco de horas: o que fazer se as horas não forem compensadas
Se as horas extras acumuladas não forem compensadas dentro do prazo, devem ser pagas com adicional de hora extra e incluídas na folha de pagamento, com todos os encargos (FGTS, INSS, reflexos em férias e 13º).
Como um advogado trabalhista pode ajudar na implantação do banco de horas
A assessoria jurídica é essencial para:
- Elaborar os modelos de acordo;
- Validar a política interna da empresa;
- Garantir conformidade com a CLT;
- Representar a empresa em convenções coletivas;
- Evitar passivos trabalhistas com estratégia preventiva.
Conclusão
O banco de horas é uma ferramenta valiosa, desde que sua implantação respeite os requisitos legais e conte com gestão eficiente. Empresas que adotam boas práticas evitam custos extras e melhoram o relacionamento com suas equipes.
Na Reis Advocacia, sob coordenação da Dra. Taciana Campos, oferecemos suporte completo para empresas que desejam implantar o banco de horas com segurança e legalidade.
Entre em contato com nossos especialistas trabalhistas e proteja sua empresa de riscos desnecessários. Leia outros artigos sobre direito do trabalho em nosso blog.
Dr. Tiago O. Reis, OAB/PE 34.925, OAB/SP 532.058, OAB/RN 22.557
Advogado há mais de 12 anos e sócio-fundador da Reis Advocacia. Pós-graduado em Direito Constitucional (2013) e Direito Processual (2017), com MBA em Gestão Empresarial e Financeira (2022). Ex-servidor público, fez a escolha consciente de deixar a carreira estatal para se dedicar integralmente à advocacia.
Com ampla experiência prática jurídica, atuou diretamente em mais de 5.242 processos, consolidando expertise em diversas áreas do Direito e oferecendo soluções jurídicas eficazes e personalizadas.
Atualmente, também atua como Autor de Artigos e Editor-Chefe no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados, orientações práticas e informações confiáveis para auxiliar quem busca justiça e segurança na defesa de seus direitos.