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Pensão por Morte: Como Funciona Manual 2024

Pensão por morte, saiba como funciona e quem tem direito, como solicitar e os valores atualizados em 2024. Descubra os prazos e benefícios acumuláveis.

pensão por morte

A pensão por morte é um dos benefícios previdenciários mais importantes no Brasil, pois oferece suporte financeiro aos dependentes de um segurado falecido. Com a perda de um ente querido, além de todo o impacto emocional, os dependentes podem enfrentar dificuldades financeiras. Nesse contexto, a pensão por morte é fundamental para garantir a segurança financeira da família.

Mas como funciona esse benefício? Quem tem direito? E quais são os requisitos para a solicitação? Neste artigo, vamos explorar essas questões de forma detalhada para ajudar você a entender todos os aspectos envolvidos no processo.

O que é a pensão por morte e qual a sua importância?

A pensão por morte é um benefício concedido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) aos dependentes de um segurado falecido, seja ele aposentado ou contribuinte. Ela tem como objetivo substituir a renda do falecido, assegurando que seus dependentes não fiquem desamparados financeiramente após a sua morte. Esse benefício é um direito garantido pela Constituição Federal e é de suma importância para a proteção social das famílias.

Quem tem direito a deixar a pensão por morte?

Todo segurado do INSS que esteja contribuindo ou tenha direito ao benefício pode deixar a pensão por morte. Isso inclui trabalhadores formais, autônomos, aposentados e outros que contribuíram para a Previdência Social. O importante é que, na data do óbito, o segurado tenha qualidade de segurado, ou seja, esteja ativo no sistema previdenciário.

Quem tem direito a receber pensão por morte?

Os dependentes que têm direito à pensão por morte são divididos em três classes:

  1. Cônjuge ou companheiro(a): incluindo aqueles em união estável.
  2. Filhos menores de 21 anos, filhos inválidos ou com deficiência.
  3. Pais e irmãos, desde que comprovem dependência econômica.

Vale destacar que, havendo dependentes de uma classe, os dependentes das classes subsequentes não terão direito ao benefício.

Como pedir a pensão por morte?

O pedido de pensão por morte pode ser feito de forma online, através do site ou aplicativo “Meu INSS”. O processo é relativamente simples, exigindo a apresentação de documentos que comprovem o vínculo com o falecido, além da certidão de óbito e documentos pessoais dos dependentes.

Passo a Passo para Solicitar a Pensão por Morte:

  1. Acesse o Portal do INSS ou o Aplicativo Meu INSS: O primeiro passo é acessar o portal do INSS (www.inss.gov.br) ou o aplicativo “Meu INSS”. Essa plataforma permite que o requerente faça o pedido online, sem a necessidade de ir até uma agência.
  2. Login e Acesso ao Sistema: Para acessar os serviços, é necessário fazer login com CPF e senha. Se for a primeira vez, é preciso criar uma conta no sistema de acesso do Governo Federal.
  3. Documentos Necessários: Para o pedido ser aceito, é fundamental anexar os documentos obrigatórios, que incluem:
    • Certidão de óbito do segurado: Documento que comprova o falecimento da pessoa que deixou a pensão.
    • Documentos que comprovem o vínculo com o falecido: Por exemplo, certidão de casamento, declaração de união estável ou certidão de nascimento dos filhos.
    • Documentos pessoais do solicitante: RG, CPF e comprovante de residência.
  4. Agendamento de Entrevista ou Atendimento Presencial (se necessário): Em alguns casos, pode ser exigido o comparecimento a uma agência do INSS para entregar os documentos originais ou passar por uma entrevista.
  5. Acompanhamento da Solicitação: Após enviar o pedido, o INSS analisará os documentos e validará o direito ao benefício. O solicitante pode acompanhar o andamento diretamente pela plataforma “Meu INSS”, na área de “Agendamentos/Solicitações”.
  6. Prazo de Resposta: A análise do INSS pode demorar algumas semanas. Se tudo estiver correto, o benefício será concedido e o pagamento será retroativo à data do óbito, desde que o pedido tenha sido feito em até 90 dias após o falecimento.
  7. Possíveis Pendências: Caso o INSS identifique alguma pendência, o solicitante será notificado para apresentar documentos adicionais ou corrigir eventuais inconsistências.

A Importância do Advogado Previdenciário

Embora seja possível realizar o pedido da pensão por morte de forma autônoma, contar com o apoio de um advogado previdenciário pode ser crucial para evitar complicações. Esse profissional especializado conhece profundamente os direitos previdenciários e pode garantir que todos os documentos e informações exigidos sejam corretamente preenchidos e apresentados ao INSS.

Qual o valor da pensão por morte?

O valor da pensão por morte depende do valor da aposentadoria que o falecido recebia ou teria direito a receber. Após a Reforma da Previdência, o valor inicial da pensão é de 50% da aposentadoria, acrescido de 10% por dependente, até o limite de 100%. Esse cálculo pode variar conforme as mudanças nas leis previdenciárias.

Qual a duração da pensão por morte?

A duração da pensão por morte varia conforme a idade e a situação dos dependentes. Para o cônjuge ou companheiro, a duração pode ser vitalícia se o beneficiário tiver 44 anos ou mais. Para filhos, a pensão é paga até os 21 anos, exceto em casos de invalidez ou deficiência.

Pensão por morte: Qual o prazo para pedir?

O prazo para solicitar a pensão por morte é de até 90 dias após o falecimento do segurado, garantindo retroatividade ao momento do óbito. Se o pedido for feito após esse período, o benefício será concedido a partir da data de solicitação.

Pensão por morte: Quais os benefícios acumuláveis?

Em determinadas circunstâncias, é possível acumular a pensão por morte com outros benefícios, como aposentadoria. Contudo, existem regras específicas para evitar o acúmulo de benefícios de valor integral.

Benefícios que Podem Ser Acumulados com a Pensão por Morte:

  1. Aposentadoria: O beneficiário pode acumular a pensão por morte com a aposentadoria, mas a partir de 2019, com a reforma da Previdência, há uma limitação. O beneficiário poderá receber integralmente o benefício de maior valor, enquanto o benefício de menor valor será pago de forma proporcional, de acordo com uma escala de redução. A redução se aplica da seguinte forma:
    • 60% do valor do benefício até 1 salário-mínimo.
    • 40% do valor que exceder 1 salário-mínimo até 2 salários-mínimos.
    • 20% do valor que exceder 2 até 3 salários-mínimos.
    • 10% do valor que exceder 3 salários-mínimos.
  2. Auxílio-doença ou Auxílio-acidente: Também é possível acumular a pensão por morte com benefícios de natureza acidentária, como o auxílio-doença ou auxílio-acidente. Contudo, é importante observar que, assim como no caso da aposentadoria, podem ser aplicadas regras de redução no valor acumulado.
  3. Salário-maternidade: O salário-maternidade é um benefício concedido temporariamente à segurada em virtude do nascimento ou adoção de um filho. Esse benefício pode ser acumulado com a pensão por morte sem qualquer restrição, sendo pago integralmente.
  4. Benefício de Prestação Continuada (BPC): O BPC é um benefício assistencial pago a idosos ou pessoas com deficiência que comprovem baixa renda. Por ser um benefício assistencial, ele não pode ser acumulado com a pensão por morte, uma vez que o BPC visa exclusivamente a subsistência mínima da pessoa, não podendo ser somado a outros benefícios previdenciários.

Importância das Regras de Acúmulo de Benefícios

As regras de acúmulo de benefícios visam garantir que o sistema previdenciário brasileiro seja justo e sustentável. O objetivo é impedir que um indivíduo receba múltiplos benefícios de valores integrais, o que poderia causar distorções no equilíbrio das contas públicas e sobrecarregar o sistema.

Além disso, essas regras promovem uma distribuição mais equitativa dos recursos previdenciários, assegurando que mais segurados possam ter acesso a benefícios sociais, evitando a concentração de altos valores em uma única pessoa.

O Papel do Advogado na Acumulação de Benefícios

Em situações de acúmulo de benefícios, a presença de um advogado previdenciário é essencial para garantir que o beneficiário compreenda as regras aplicáveis e tome as melhores decisões. O advogado pode verificar se o INSS está aplicando corretamente os cálculos de redução e assegurar que o segurado tenha acesso pleno aos benefícios a que tem direito.

Aqui estão algumas razões pelas quais o advogado previdenciário é importante nesse processo:

  • Orientação Jurídica Especializada: Um advogado pode esclarecer qualquer dúvida sobre os requisitos legais para a concessão da pensão por morte, como comprovar dependência ou união estável.
  • Prevenção de Erros e Atrasos: Documentação incompleta ou preenchimento incorreto podem gerar atrasos no processo ou até mesmo a negativa do benefício. O advogado ajuda a evitar esses erros comuns.
  • Intermediação com o INSS: Se o INSS solicitar documentos adicionais ou não conceder o benefício de forma adequada, o advogado pode intervir e recorrer da decisão, evitando que o requerente precise passar por longas esperas ou burocracias desnecessárias.
  • Defesa dos Direitos do Segurado: Em situações onde o INSS nega o pedido sem justificativa clara, o advogado previdenciário pode entrar com ações judiciais para garantir que o direito do requerente seja respeitado.

Em resumo, contar com a ajuda de um advogado previdenciário pode não apenas acelerar o processo de solicitação da pensão por morte, mas também aumentar as chances de sucesso, assegurando que o benefício seja concedido corretamente e sem contratempos.

Cálculo atualizado da pensão por morte 2024

Em 2024, o cálculo da pensão por morte segue as normas estabelecidas pela Reforma da Previdência. A base é de 50% da aposentadoria do falecido, acrescida de 10% por dependente, respeitando o limite de 100%.

Pensão por morte: Quem perde o direito?

O direito à pensão por morte pode ser perdido em casos como:

  • Novo casamento ou união estável do cônjuge;
  • Filhos que completam 21 anos, exceto se forem inválidos;
  • Cessação de invalidez.
Pensão por morte para pais do falecido: É possível?

Sim, os pais podem receber a pensão por morte, desde que comprovem dependência econômica em relação ao segurado falecido. É necessário apresentar documentos que confirmem essa situação.

A pensão por morte é um direito essencial para garantir a proteção financeira dos dependentes de um segurado falecido. Entender os requisitos e procedimentos para solicitar esse benefício é fundamental para assegurar que os familiares recebam o que lhes é devido.

Caso tenha dúvidas ou precise de auxílio para solicitar a pensão por morte, entre em contato com nossa equipe especializada. Estamos prontos para ajudar você a garantir seus direitos e agilizar o processo.

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