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Caso Marielle Franco: Prisões e Implicações Legais

Últimas prisões no caso Marielle: avanços e implicações legais em destaque. Justiça em foco.

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História e Desdobramentos do Caso Marielle Franco: Crimes e Possíveis Penas dos Envolvidos

O assassinato brutal da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018 continua a gerar comoção e questionamentos sobre segurança pública, corrupção e impunidade no Brasil.

Com as recentes prisões realizadas pela Polícia Federal, incluindo suspeitos apontados como mandantes do crime, torna-se imperativo examinar em detalhes os crimes envolvidos e as possíveis penalidades para os responsáveis, a fim de entender a gravidade do ocorrido e a busca por justiça.

Marielle Franco: Como o Crime Aconteceu? Relembre.

O caso Marielle Franco é um dos mais emblemáticos e chocantes da história recente do país. Marielle, mulher negra, ativista dos direitos humanos e defensora das minorias, foi brutalmente assassinada no Rio de Janeiro, juntamente com seu motorista Anderson Gomes, enquanto voltavam de um evento político.

O crime gerou comoção nacional e internacional, levantando questões sobre a violência política, a atuação das milícias e a segurança das lideranças comunitárias.

Desdobramentos Recentes:
A recente operação da Polícia Federal resultou na prisão preventiva de três suspeitos diretamente ligados ao caso Marielle Franco:

  • Chiquinho Brazão, deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, foram apontados como possíveis mandantes do crime.
    As acusações incluem associação criminosa, homicídio qualificado e obstrução de justiça. Sua influência política e supostos interesses em grilagem de terras e expansão territorial de milícias têm sido objeto de investigação.
  • Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, é acusado de atuar para proteger os mandantes do crime. Enfrenta acusações de conivência, obstrução de justiça e possível participação intelectual no homicídio. Sua posição de destaque na hierarquia policial e seu suposto envolvimento com grupos criminosos têm sido alvo de escrutínio.

Marielle Franco: Quais as Possíveis Punições Previstas pela Legislação Brasileira?

Diante da gravidade do crime e das circunstâncias que o envolvem, as possíveis penas previstas pela legislação brasileira são severas. O homicídio qualificado, por exemplo, pode resultar em uma pena que varia de 12 a 30 anos de reclusão, conforme o Código Penal.

Além disso, outros crimes conexos, como formação de milícia ou organização criminosa, podem agravar as penas dos responsáveis, aumentando a complexidade do caso e a necessidade de uma análise jurídica minuciosa.

A sociedade espera que esses crimes hediondos não fiquem impunes e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados perante a lei.

Como profissionais do direito, nosso objetivo é promover uma análise imparcial e justa dos eventos relacionados ao caso Marielle Franco. Pedimos uma leitura crítica e atenta para compreender os fatos e suas possíveis consequências legais.

5 pontos essenciais sobre o caso Marielle Franco

  1. O que aconteceu: Em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro. O crime teve forte repercussão nacional e internacional, sendo associado à atuação política de Marielle em defesa dos direitos humanos e contra milícias.
  2. Executores identificados: Ronnie Lessa (sargento reformado da PM) e Élcio Queiroz (ex-PM) foram presos em 2019, acusados de executar o crime. Élcio confessou a participação e apontou Lessa como o autor dos disparos.
  3. Mandantes presos: Em 2024, a Polícia Federal prendeu preventivamente os irmãos Chiquinho Brazão (deputado federal) e Domingos Brazão (conselheiro do TCE-RJ), além de Rivaldo Barbosa (ex-chefe da Polícia Civil), acusados de serem os mandantes e articuladores do crime.
  4. Motivação: Segundo a investigação, o crime teria sido motivado por interesses políticos e econômicos, especialmente relacionados à grilagem de terras e à atuação de milícias em áreas controladas por Marielle.
  5. Implicações legais: Os acusados respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, organização criminosa e obstrução de justiça. As penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão, além de perda de cargo público e inelegibilidade.

Principais envolvidos e acusações

NomeRelação com o casoAcusações
Ronnie LessaExecutor (atirador)Homicídio qualificado
Élcio QueirozMotorista do carro usado no crimeHomicídio qualificado (confessou)
Chiquinho BrazãoDeputado federalMandante, homicídio qualificado, organização criminosa
Domingos BrazãoConselheiro do TCE-RJMandante, homicídio qualificado, organização criminosa
Rivaldo BarbosaEx-chefe da Polícia CivilObstrução de justiça, participação intelectual

Perguntas Frequentes (FAQ)

Por que o caso demorou tanto a avançar?
A complexidade das investigações, o envolvimento de autoridades e a atuação de milícias dificultaram a apuração e exigiram atuação da Polícia Federal e do STF.

O caso foi federalizado?
Não. O STJ decidiu manter a investigação na Justiça estadual, entendendo que não houve omissão das autoridades locais.

Qual a pena para homicídio qualificado?
De 12 a 30 anos de reclusão, podendo ser aumentada em caso de concurso de pessoas, motivo torpe ou impossibilidade de defesa da vítima.

O julgamento será no STF?
Sim, no caso de Chiquinho Brazão, por ter foro privilegiado. Os demais podem ser julgados na Justiça comum, conforme decisão judicial.

O que muda com a denúncia aceita?
Os acusados se tornam réus e o processo avança para a fase de instrução, com coleta de provas, depoimentos e julgamento final.


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Referências externas:


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DR JORGE GUIMARAES NOVO

Sócio e Advogado – OAB/PE 41.203

Advogado criminalista, militar e em processo administrativo disciplinar, especializado em Direito Penal Militar e Disciplinar Militar, com mais de uma década de atuação.

Graduado em Direito pela FDR-UFPE (2015), pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil (ESA-OAB/PE) e em Tribunal do Júri e Execução Penal. Professor de Direito Penal Militar no CFOA (2017) e autor do artigo "Crise na Separação dos Três Poderes", publicado na Revista Acadêmica da FDR (2015).

Atuou em mais de 956 processos, sendo 293 processos administrativos disciplinares, com 95% de absolvições. Especialista em sessões do Tribunal do Júri, com mais de 10 sustentações orais e 100% de aproveitamento.

Atualmente, também é autor de artigos jurídicos no Blog da Reis Advocacia, onde compartilha conteúdos jurídicos atualizados na área de Direito Criminal, Militar e Processo Administrativo Disciplinar, com foco em auxiliar militares e servidores públicos na defesa de seus direitos.

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